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Assassin's Creed Submundo - Português

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– Do camarada que fugiu.

– Não.

– Então, esse camarada que fugiu pode ser o atirador?

Aubrey olhou para ele, um pouco envergonhado.

– Bem, suponho que sim. Na verdade nunca havia pensado nessa hipótese. Estava

ocupado pensando no homem de manto.

Abberline ergueu as mãos.

– Pelos deuses, Aubs. Vamos, levante. Eu e você vamos voltar para Rookery.

Uma hora mais tarde, o pobre Aubrey Shaw estava ainda mais deprimido. Sua primeira

testemunha, a velhota que tinha visto o homem de manto, não estava em lugar nenhum.

– Ela desapareceu, assim como o mítico homem com a faca – lamentou Aubrey.

Tanto ele quanto Abberline sabiam que a vida nos cortiços era assim mesmo, ela

provavelmente tinha arrumado suas coisas e ido embora.

Graças a Deus pelos pequenos milagres, pois eles conseguiram localizar a segunda

testemunha. Se não, Abberline achava que seu companheiro iria sucumbir de vez.

– Lá está ela – disse Aubrey pelo canto da boca ao se aproximarem do número 32.

Nos degraus de um prédio alto e descolorido pela fumaça, havia uma mulher desanimada.

Ela os fitou com os olhos vidrados. Estava sentada com um bebê diante de um dos seios,

que estava exposto.

Aubrey tossiu e olhou para baixo. Abberline queria desesperadamente ser mais

loquaz, mas também falhou e se sentiu enrubescer, desviando o olhar para um varal ao

lado. Ambos fizeram o que cavalheiros fariam em uma situação como esta: tiraram o

chapéu.

– Com licença, senhora – disse Abberline. – Acho que já conversou com meu colega

aqui, na noite do terrível assassinato duplo que aconteceu aqui em Rookery. Estou certo?

– Minha nossa senhora! – exclamou a mulher por entre dentes sujos. – Como você

fala bonito!

Abberline não teve certeza se ela estava caçoando dele ou se estava sendo sincera, mas

seu rosto se iluminou um pouco e seus olhos adquiriram mais expressão, e, por isso, ele

continuou, aproveitando o momento.

– Senhora, viu um homem correndo por esta mesma rua na noite do assassinato?

Ela pareceu pensar por um momento, olhando a cabeça do bebê. Ajeitou a criança em

seu mamilo e voltou a atenção aos dois policiais nos degraus abaixo.

– Sim.

– E ele estava correndo, não é?

– Sim, estava.

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