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Assassin's Creed Submundo - Português

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Enquanto esperavam sua vez de adentrar a alta sociedade, Jacob e Evie se entreolharam

dentro da sua carruagem. Era um encorajamento mútuo. Boa sorte. Cuide-se. Todas essas

mensagens estavam presentes no olhar que trocaram.

– Eu vou procurar o Pedaço do Éden – avisou ela ao irmão.

Ele apertou os lábios.

– Como queira. Vou encontrar Freddie.

E, então, a porta da carruagem foi aberta e eles viram um lacaio fazer-lhes uma mesura

com expressão neutra. Depois, subiram os degraus que os levaram às portas abertas do

palácio, também flanqueadas por lacaios de libré, enquanto um fluxo contínuo de

convidados adentrava o lugar.

Bem, pelo menos eles tinham conseguido se misturar bem: Jacob usava um fraque;

Evie, um vestido longo de cetim adornado com rendas, com corpete justo e armação de

metal, e sapatos de cetim. Evie se sentia completamente amarrada, como um peru sendo

preparado para a ceia de Natal. Mesmo assim, conseguiu não dar na vista, isso era certo:

ainda que a maioria das outras mulheres estivesse usando colares de diamantes, Evie

trazia ao pescoço a chave da cripta. Tinha passado por poucas e boas para conseguir

aquela chave e agora não se arriscaria a perdê-la de vista.

No exato instante em que saíam da carruagem, ouviram um grito a certa distância dali.

– Ei! Aquela carruagem é minha! – Era o grito indignado do futuro primeiroministro,

Gladstone. Felizmente, ninguém o ouviu.

Então, eles se separaram. Jacob saiu para encontrar Abberline, apanhar armas e tentar

impedir os planos de Starrick de fazer uma chacina entre os membros da alta sociedade,

enquanto Evie precisava encontrar a Sala de Estar Branca. Como os outros convidados, ela

dirigiu-se à escadaria, juntando-se propositadamente à multidão sem chamar muita

atenção enquanto era arrastada numa maré de sedas, fraques, conversas educadas e

fofocas apressadas. Sorria e assentia se lhe dirigiam a palavra, representando com

perfeição seu papel de jovem debutante.

Ao deixar o fluxo de pessoas e entrar num corredor à esquerda, ouviu alguém bemintencionado

falar às suas costas: “Minha cara, o salão de baile fica para lá.” Entretanto,

fingiu que não tinha ouvido e desapareceu de vista, caminhando silenciosamente pelo

luxuoso carpete Axminster com seus sapatos de cetim e entrando cada vez mais no

palácio.

Andava em total silêncio, como um espectro, com todos os seus sentidos alertas para

ouvir qualquer possível aproximação dos guardas antes que a avistassem. Dito e feito:

ouviu o som de passos que se aproximavam e de um murmúrio de vozes, e entrou em

um gabinete. Era pouco mobiliado, e sua única fonte de luz vinha das venezianas fechadas.

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