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Assassin's Creed Submundo - Português

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– Como eu estava contando ao... – fez uma pausa para acrescentar um tom de

desprezo – agente aqui, sou funcionário de senhores do alto escalão para ajudá-los a deter

um homem muito perigoso.

– Um homem muito perigoso! – caçoou Abberline. – Isso é uma questão de opinião.

Você disse que havia outro guarda-costas lá, além dos dois no cemitério?

– Exato.

– Então, ele pode reconhecer o garoto. Podemos levá-lo às obras para ele identificar o

homem que atacou tanto ele quanto seu patrão.

– Acho que poderíamos fazer isso – respondeu Hazlewood, com ar de cautela.

– E por que faríamos isso? – rosnou o sargento, atrás de sua mesa. – Já levei o maior

esporro de todos os tempos do Sr. Cavanagh, da Metropolitan Railway, por causa do seu

comportamento, Abberline, e se você acha que pretendo correr o risco de tomar outro...

ou, pior ainda, de que Cavanagh vá falar com John Fowler ou Charles Pearson e, no

minuto seguinte o superintendente esteja pegando no meu pé... você está muito enganado!

Abberline piscou um olho.

– Nosso amigo aqui pode fazer a coisa valer a pena, sargento.

O sargento estreitou os olhos.

– É verdade? – perguntou a Hazlewood.

O detetive admitiu que sim. Ele poderia realmente lhe oferecer um pagamento, e o

sargento começou a pesar as coisas na balança. Sim, ele corria o risco de levar outra

reprimenda, mas Abberline poderia ser seu bode expiatório.

Além disso, um extra viria a calhar, principalmente com a chegada do aniversário de

sua esposa.

Então ele concordou. Concordou que eles levassem aquele guarda-costas para

confrontar o rapaz indiano na escavação. E, agora, o indiano estava atravessando a lama na

direção deles. Mas que coisa!, pensou Abberline. O rapaz havia subido na vida. Vestia um

novo par de calças, além de suspensórios e uma camisa sem gola aberta na altura no

pescoço. Apesar de ainda descalço, e de as calças penderem na altura dos calcanhares

enquanto se aproximava deles, ninguém do grupo conseguia desviar-se de seu olhar

escuro e impenetrável.

– Bharat Singh? – disse Abberline ao grupo. – Que bom que suas feridas sararam

desde a última vez que nos vimos.

O Fantasma, que mal os reconheceu, ficou diante do grupo, segurando suas pastas ao

peito e olhando perplexo para cada homem. Abberline observou o olhar do rapaz passar

pelo guarda-costas e pensou que, se metade do que ouvira sobre esse jovem fosse

verdade, isso já o tornaria um tipo muito perigoso e escorregadio. Preparou-se. Não sabia

exatamente para o quê. Mas preparou-se mesmo assim.

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