27.07.2020 Views

Assassin's Creed Submundo - Português

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Arbaaz se envolveu com Pyara Kaur, a neta de Ranjit Singh, fundador do império dos

Sikh.

O diamante Koh-i-Noor era o que eles chamavam de Pedaço do Éden, um dos

artefatos espalhados pelo mundo que constituíam os únicos remanescentes de uma

civilização anterior à nossa.

Jayadeep sabia do poder de tais artefatos, porque seus pais o tinham visto com os

seus próprios olhos. Arbaaz, Pyara e Raza estavam presentes na noite em que o diamante

fora ativado. Tinham visto seu brilho celestial, e, ao contar sobre o que presenciaram e o

efeito que aquilo exerceu sobre eles, seus pais o faziam com grande carinho. O que eles

viram os tornara ainda mais devotos e fervorosos na crença de que tamanho poder jamais

deveria ser entregue aos inimigos, os Templários. Eles instilaram essa noção no garoto.

Naquela época, crescendo em uma Amritsar tingida de dourado pelo sol e sendo

criado por um pai que para ele era como um deus, Jayadeep jamais poderia imaginar que

um dia viria a se chamar O Fantasma e moraria num túnel congelante e escuro, sozinho

no mundo, venerado por ninguém.

O treinamento começou quando ele tinha uns 4 ou 5 anos, e, embora lhe exigisse

bastante fisicamente, jamais pareceu um esforço para o garoto, que não reclamava ou fazia

corpo mole — e havia um motivo muito simples para isso: ele era bom.

Não. Mais do que isso. Ele era ótimo. Tinha um talento natural que se revelou

praticamente desde a primeira vez em que treinou com uma espada de madeira, uma

kukri. Jayadeep tinha um dom tal para o combate que raras vezes era visto na irmandade

indiana. Ele era extraordinariamente, quase sobrenaturalmente, veloz no ataque, e reagia

com velocidade na defesa; tinha tremendos poderes de observação e antecipação. Era tão

bom, na verdade, que seu pai Arbaaz se sentiu na obrigação de convocar outro tutor para

ele.

E assim Ethan Frye adentrou a vida do garoto.

Conhecer Ethan Frye, aquele homem de aparência cansada e melancólica, cujos trajes

ocidentais pareciam pesar em seus ombros ainda mais que os que seu pai usava, era uma

das lembranças mais antigas do Fantasma.

Não mais do que uma criancinha, Jayadeep não tinha nem a disposição nem a

iniciativa necessárias para perguntar quem era Ethan Frye. Até onde lhe dizia respeito, o

Assassino mais velho poderia muito bem ter despencado dos céus. Como um daqueles

anjos renegados, só para entristecer sua existência que antes disso era doce e terna.

— É esse o garoto, então? — perguntara Ethan.

Eles estavam sentados no pátio sombreado, ouvindo, junto com o canto dos pássaros

e o borbulhar suave de uma fonte, o barulho da rua, filtrado pelo muro.

— É esse o garoto, isso mesmo — respondeu Arbaaz, orgulhoso. — Este é Jayadeep.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!