27.07.2020 Views

Assassin's Creed Submundo - Português

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

latejar como se a veia ali estivesse pulsando juntamente com meus batimentos cardíacos

acelerados. Meus nervos estavam ficando abalados.

Ethan o interrompeu:

— Enquanto você estudava sobre ele, Dani se tornou um ser humano aos seus olhos,

não foi? Você começou a pensar nele como uma pessoa, em vez de simplesmente um

alvo, não foi?

— Em retrospecto, o senhor está certo, foi o que aconteceu.

— Nossa, quem poderia ter adivinhado que isso ia acontecer? — disse Ethan,

arrependendo-se imediatamente do sarcasmo impróprio para aquele momento.

— Talvez mesmo naquele momento já fosse tarde demais. Quero dizer, tarde demais

para ter dúvidas. Não havia mais volta. Eu era um Assassino no quarto de um homem

adormecido. Meu alvo. Eu tinha que agir. Eu não tinha escolha, a não ser completar a

missão. A questão de estar ou não pronto deixou de ser relevante. Não se tratava de estar

pronto, se tratava de agir. Era matar ou falhar.

— E basta olhar em volta para sabermos muito bem o que aconteceu. — Novamente,

Ethan se arrependeu de sua leviandade, lembrando-se de que, quando essa conversa

terminasse, ele se levantaria, limparia a palha de sua roupa, chamaria o guarda e deixaria o

garoto sozinho naquele lugar escuro e insalubre.

Não, esse não era o momento para observações sarcásticas. Em vez disso, tentou

imaginar a cena no quarto: a casa escura, um homem dormindo — havia algum momento

em que um homem parecia mais inocente do que dormindo? —, e Jayadeep, prendendo o

fôlego, torcendo o lenço nas mãos enquanto juntava coragem para atacar, a moeda

enrolada no lenço e... a moeda caindo do lenço. Caindo no assoalho.

— Seu garrote — perguntou a Jayadeep. — A moeda caiu dele?

— Como o senhor sabe? Não contei isso a ninguém.

— Visualização, meu caro garoto. Eu não o ensinei a sempre fazer isso?

No rosto do rapaz apareceu o primeiro indício de sorriso desde que Ethan entrara na

cela.

— O senhor me ensinou. Claro que sim. É uma técnica que uso constantemente.

— Mas não nessa situação?

Uma nuvem de tristeza roubou o sorriso incipiente.

— Não, não nessa ocasião. Nessa ocasião, tudo o que eu ouvia era o sangue pulsando

na minha cabeça. Tudo o que ouvia era a voz do meu pai dizendo para eu fazer o que

precisava ser feito. Quando a moeda caiu, o barulho me assustou e acordou Dani. E ele

reagiu muito mais rápido do que eu.

— Você devia ter atacado assim que entrou no quarto — disse Ethan, e uma raiva que

não havia sido causada pelo garoto mesmo assim foi dirigida a ele. — Devia ter atacado

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!