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Assassin's Creed Submundo - Português

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momentos esquecidos de sua infância, quando ele passava horas debruçado sobre

relógios e brinquedos de corda quebrados. Mais adiante, uma mesa sofria sob o peso de

uma infinidade de bolas de cristal, como se a loja tivesse sido visitada por um grupo de

videntes, e ele se lembrou de como era fascinado por aqueles objetos quando criança.

Ela o guiou até os fundos da loja. Abriu uma cortina pesada e o convidou a entrar no

escritório que ficava ali atrás. Pegou um herbário e o entregou ao filho.

– Tome. É uma espécie de passatempo dos ingleses.

Ele o abriu e viu que estava vazio.

– Para que você o encha – explicou ela.

– Eu me lembro de colher flores com você, mãe, em Amritsar.

– Todas têm um significado, você sabe.

– Você sempre me dizia isso.

Ela riu e, enquanto ele colocava o livro na mesa, abriu os braços para o ambiente ao

seu redor.

– O que você acha? – perguntou a ele.

Ele olhou para a mãe, pensando que seu coração se partiria de tanto amor.

– Eu gosto – respondeu.

Numa mesa do escritório havia roupas dobradas e um pergaminho, que ela entregou

ao filho.

– Esta é a escritura. A loja pertence a você agora.

– Henry Green – leu O Fantasma, desenrolando o pergaminho. – Este vai ser meu

nome agora?

– Você sempre gostou do nome Henry. Além disso, está usando um chapéu verde, e

Green quer dizer verde em inglês – brincou Pyara. – E é um nome bem inglês, adequado

para um comerciante. Bem-vindo à sua nova vida, Henry. Daqui você vai gerenciar a

ofensiva dos Assassinos na cidade e controlar sua rede de informações. E, quem sabe?

Talvez nesse meio-tempo consiga vender um artigo ou outro. Agora... – Ela pegou as

roupas dobradas. – Um traje do qual você pode se orgulhar.

Para respeitar sua intimidade, ela virou-se de costas enquanto ele trocava de roupa e

depois se voltou para admirá-lo. Ele ficou ali, os trajes brilhantes com detalhes dourados,

sandálias macias e uma cinta peitoral de couro.

– Chega de pés descalços, Jayadeep. Ou melhor, Henry – disse a mãe. – Um último

detalhe para completar a transformação...

Ela pegou uma caixa que também estava na mesa. Henry já a tinha visto antes e sabia

exatamente o que continha. Estendeu as mãos com uma mistura de gratidão e nervosismo.

Com certeza era sua antiga lâmina. Ele a prendeu ao pulso, gostando da sensação de tê-la

ali novamente, depois de tanto tempo.

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