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Assassin's Creed Submundo - Português

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Abbeline parou.

— Olá, marujos — disse ele, surpreso consigo mesmo, sem saber o que o levara a

falar como um marinheiro. — Com certeza vocês se lembram de mim. Sou o otário cujo

morto vocês roubaram.

Pode ser que tenha sido sua imaginação, mas, mesmo assim... seriam risos abafados o

que ele ouviu vindo da escuridão?

— Preciso falar com o menino que afagou meu cavalo no outro dia. Veja bem, acho

que alguém obrigou vocês a me dar um golpe. E eu gostaria muito de saber quem foi.

A neblina permaneceu em silêncio, guardando seus segredos.

— Ele pagou a vocês? — pressionou Abberline. — Bom, então eu pagarei de novo. —

Ele tilintou as moedas nas mãos, o som, um leve badalar de sinos contra o ar estático.

Houve uma pausa e Abberline estava prestes a revelar sua arma secreta quando

finalmente veio uma resposta, e uma voz jovem e sem corpo disse:

— Temos medo do que ele fará.

— Entendo — respondeu Abberline, espiando através da neblina na direção que lhe

parecia correta. — Sem dúvida ele os ameaçou. Mas receio que vocês estejam agora entre a

cruz e a espada, pois, se eu for embora daqui sem a informação de que preciso, vou

voltar, e não vai ser sozinho. Vou voltar com um dos carros cobertos que vocês veem

entrando e saindo dos portões do abrigo para indigentes. — Ele fez uma pausa dramática.

— Por outro lado, se eu receber a informação de que preciso, esqueço o carro, deixo esse

dinheiro com vocês e também...

Nesse momento, ele tirou a sacola dos ombros, colocou-a no chão e pegou e ergueu

um bastão e uma bola de críquete.

— Deixo isso. Os dias de jogar críquete com a cabeça de um gato morto vão acabar

quando vocês colocarem as mãos nessas belezinhas. Custam uma boa grana, posso

garantir. Vocês não vão encontrar artigo melhor.

A resposta veio novamente, fazendo com que Abberline virasse a cabeça de um lado

para o outro, sentindo-se em desvantagem enquanto tentava descobrir o ponto exato de

onde vinha a voz.

— Temos medo do que ele fará — repetiu o garoto. — Ele é como um demônio.

Abberline sentiu o pulso acelerar, sabendo com certeza que tinha razão em desconfiar

que havia algo fora do comum relacionado a esse assassinato.

— Já fiz a minha oferta — respondeu ele para seu intermediário invisível. — Em uma

das mãos eu tenho presentes. Na outra, tenho consequências severas. E uma coisa eu

garanto: além de retornar com os carros, vou espalhar por aí que consegui a informação

de que precisava. A ira desse demônio, e ele não é um demônio, é só um homem como

eu, vai cair sobre vocês de um jeito ou de outro.

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