27.07.2020 Views

Assassin's Creed Submundo - Português

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Em seguida, Hardy foi até o bagageiro da carruagem. De lá, retirou um par de

soqueiras de metal, que calçou por cima da luva. Retirou outra coisa também, um

cassetete de madeira com uma alça de couro, que ele passou pelo pulso antes de enfiar a

arma dentro da manga. Por último, sacou uma arma de algum lugar de seu sobretudo. Ele

a rolou nos dedos. A luz refletiu-se na lâmina. Em momento algum ele tirou os olhos do

Fantasma.

Preste atenção, estou de olho em você.

Agora, os três homens analisavam a casa do outro lado da rua. As cortinas estavam

fechadas; apenas um ponto de luz fraca tremulava de algum lugar lá de dentro. Não havia

nenhum outro sinal de vida, a não ser...

O Fantasma viu uma breve interrupção na luz através da janela de vidro da porta da

frente. Erguendo a mão para os outros dois – como se dissesse “esperem aqui” –, ele

caminhou depressa para o outro lado da rua, tendo que se satisfazer em meramente

imaginar o olhar indignado no rosto dos homens ao receberem ordens desse novo

recruta. Um garoto. Um garoto indiano. Um estrangeiro.

Furtivamente subindo os degraus da entrada, ele parou para escutar na porta da

frente. De dentro, ouviu vozes que seguiam por alguma passagem no interior da casa. Ele

tentou abrir a porta, mas estava trancada, então retornou à carruagem.

– Tem alguém lá dentro com ela – disse ele para Marchant e Hardy. – Parece que são

policiais.

– Já faz tempo que não acabo com um policial – disse Hardy, sorrindo

maliciosamente. O dourado de seu dente brilhou no escuro.

– Seja lá quem for, a pessoa lá dentro está em um dos quartos dos fundos – afirmou

O Fantasma. – Talvez na cozinha. Acho melhor verificarmos quantas pessoas estão lá

antes de entrarmos com tudo.

– Verificarmos, é? – zombou Hardy. – Que tal fazer de outro jeito? Que tal tocarmos a

campainha e pegá-los de surpresa? – Sua soqueira de metal brilhou quando ele socou o

ar, numa demonstração do que estava querendo dizer, se é que alguém tinha alguma

dúvida sobre o que significava “pegá-los de surpresa”.

– Eles podem estar em maior número – alertou O Fantasma, falando para Marchant.

– Somos apenas três, afinal de contas.

Então, Marchant decidiu:

– Certo. Hardy, guarde essas coisas antes que alguém nos veja. Este é um bairro

respeitável. Você, indiano, vá pelos fundos. Eu e o Sr. Hardy esperaremos na carruagem

pelo seu sinal, indicando que é seguro prosseguir. Se for, entraremos pela porta da frente,

e você e Hardy se asseguram de que ninguém saia pelos fundos. Entenderam?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!