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Assassin's Creed Submundo - Português

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– O que eu acho ou deixo de achar não é da sua conta – retrucou Lucy, cujos olhos

deixaram transparecer suas intenções um segundo antes de ela se mexer. Num movimento

muito veloz, sacou uma lâmina da bota e saltou, com o corpo e a mão que segurava a faca

estendidos, numa ação que quase tomou Evie de surpresa.

Quase era a palavra certa. A jovem Assassina deu um salto para trás, acionou sua

lâmina oculta quase ao mesmo tempo que sua oponente, e ficou feliz ao ver a expressão

do rosto da outra se transformar de imediato. Se Lucy Thorne achou que aquilo seria

moleza, cometera um erro crasso, pois uma Templária com uma adaga não era páreo para

Evie Frye. Pode ser que a outra tivesse confiado num ataque rápido, mas um ataque assim

se baseava no elemento surpresa e, sem esse elemento, nada restava a Lucy a não ser o

desejo de vencer e o instinto de sobrevivência. E nem uma coisa nem outra eram o

bastante para fazê-la derrotar Evie.

Suas lâminas se chocaram. O som metálico ricocheteou pelas paredes de pedra. Com

os dentes à mostra, Lucy tentou atacar mais uma vez, porém Evie desviou-se com

facilidade, medindo sua oponente e esperando a oportunidade de desferir seu golpe

mortal.

Lucy Thorne, entretanto, não estava vencida. Quando Evie se aproximou, ela abriu a

mão e um globo surgiu do centro de seu pulso. Por um estranho e louco instante, Evie

pensou que Lucy Thorne a estivesse atacando com um Pedaço do Éden, até que percebeu

o que era aquilo, na verdade: uma bomba de fumaça.

Cega e momentaneamente desorientada, Evie cambaleou para trás, colocou a lâmina

numa posição defensiva e recuperou o equilíbrio, preparada para enfrentar um contraataque.

Que, obviamente, veio. Lucy Thorne era inferior no combate, mas era empenhada

e, além de tudo, corajosa. Minha nossa, pensou Evie, como aquela mulher era corajosa!

Através da fumaça da bomba, Lucy atirou-se para frente golpeando com a adaga, mais na

esperança do que na confiança de acertar e, por conta da neblina e da ferocidade de seu

ataque, quase foi bem-sucedida.

Quase era a palavra certa.

A fumaça se enovelou quando Evie girou rapidamente para um dos lados, empinando

o peito e girando os ombros para trás. Abaixou a lâmina e, com isso, atirou a adaga de

Lucy para longe de sua mão. No instante seguinte, deu um rodopio e trouxe seu ombro

direito para a frente num movimento nada digno de uma dama, mas bastante digno de

Evie Frye: um soco giratório que acertou em cheio o maxilar de Lucy Thorne, fazendo os

seus globos oculares quase saltarem das órbitas e seus dentes chacoalharem enquanto ela

cambaleava para trás. Evie embainhou a lâmina, deu um passo adiante e agitou sua mão

escondida na manopla.

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