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Assassin's Creed Submundo - Português

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Ethan explicou algo acerca de inimigos de eras passadas, homens que vivem armando

maneiras de assumir o controle da vida dos demais.

E isso foi o bastante para Abberline. O suficiente para convencê-lo a parar de fazer

perguntas, porque, de alguma maneira, algo de que ele havia se convencido há muito

tempo – que existem forças além do nosso controle nos manipulando – havia se

conectado com algo em que Aubrey acreditava veementemente: que às vezes simplesmente

não existem respostas.

Então, Frederick Abberline havia aceitado que algumas coisas ele não podia mudar,

mas jurou lutar pelas coisas que podiam ser mudadas, e agradecia pelo fato de saber

distinguir uma da outra. Enquanto isso, Henry Green havia construído uma comunidade

de informantes leais em Whitechapel. Abberline se juntou à sua gangue, alternando-se no

papel de receptor e de fornecedor das informações.

Em suma, aquilo era o que se poderia chamar de uma relação mutuamente benéfica.

E, pela primeira vez desde a confusão na Metropolitan, o novo sargento Abberline pensou

que estava fazendo progressos. Estava fazendo um pouco de bem para o mundo.

Ora, ele tinha até mesmo conhecido uma mulher, Martha, por quem se apaixonara e

com quem se casou... então, infelizmente, sua sorte chegara ao fim.

– Freddie, tem alguma coisa errada? – perguntou Aubrey. O sorriso em seus lábios

morrera ao ver as feições do amigo. – Você não veio aqui simplesmente me visitar, não é?

Você veio aqui para me contar alguma coisa. É sobre você e Martha? Vocês se separaram?

Freddie retorceu as mãos entre os joelhos. Ele havia se tornado adepto dos disfarces.

Sua penetração em Whitechapel muitas vezes dependia de suas habilidades de passar

despercebido, de se mesclar na multidão. Em algumas ocasiões, isso tinha se mostrado de

grande valor para a gangue de Henry.

Naquele momento ele desejava ter um disfarce, para que não se sentisse tão

vulnerável.

– Não, Aubs, e não posso nem expressar o quanto eu gostaria que tivéssemos nos

separado, porque assim minha querida Martha ainda estaria viva.

– Oh, Freddie! – exclamou a Sra. Shaw, parada à soleira da porta. Ela correu para

dentro da sala, colocou uma bandeja com coisas para o chá na mesinha de centro e foi até

Abberline, ajoelhando-se e pegando suas mãos.

– Sentimos muito, muito mesmo, não é Aubrey?

Aubrey se levantou, triste.

– Minha nossa. E vocês dois se casaram há apenas alguns meses.

Abberline pigarreou.

– Ela foi levada pela tuberculose.

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