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Assassin's Creed Submundo - Português

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— Só vou seguir meu caminho quando tiver certeza de que a mulher não será mais

machucada.

— Bom, isso…

— E quando tiver certeza de que os dois homens que fizeram isso com ela receberam

um castigo à altura.

Os outros dois guarda-costas explodiram em gargalhadas, mas o líder fez um gesto

ordenando que ficassem quietos.

— Veja bem, isso não vai acontecer. Está vendo esses dois cavalheiros aqui? Eles

pagam um belo dinheiro pelos meus serviços e os dos meus dois colegas, justamente para

garantir que nada aconteça com eles enquanto passeiam pelos lugares menos salubres da

grande capital desta nação, se é que você me entende. Para chegar até eles, primeiro você

precisa passar por nós, e você sabe muito bem que não vai conseguir.

Atrás deles, os dois almofadinhas riram, passando a garrafa de um para o outro e

saboreando o espetáculo, um aperitivo antes do prato principal. Estavam fracos e

embriagados, e O Fantasma sabia que podia dar conta deles com uma mão amarrada às

costas, mas…

Primeiro, os guarda-costas.

O casaco do número três estava desabotoado, as mãos ainda cruzadas às costas. Ou

ele carregava um revólver ou trazia um alfanje ao lado do corpo. Parecia perigoso, mas ao

mesmo tempo meio relaxado demais, confiante demais.

O mesmo valia para o número dois. Ele usava um sobretudo abotoado e, embora sua

mão esquerda estivesse flexionada dentro de um dos bolsos, a direita estava esticada, o

que significava que estava segurando uma faca ou um cassetete dentro do outro bolso.

Ótimo. Aquele casaco não lhe permitia ter agilidade no combate corpo a corpo e, em

segundo, ele, sem querer, havia mostrado ao Fantasma de onde sacaria sua arma. Por

esses dois motivos, aquele homem seria o primeiro que O Fantasma iria atacar. Seria mais

fácil vencê-lo, e O Fantasma precisava de uma arma. Torceu para que fosse uma faca o que

o homem trazia no bolso.

O número um era mais inteligente. Ele não acreditava que um homem sozinho iria

desafiar cinco se não tivesse um bom motivo. Continuou com os braços cruzados —

estaria usando um coldre axilar, talvez? —, mas seus olhos vasculharam a área atrás do

Fantasma, procurando alguém escondido que pudesse dar cobertura. Quando percebeu

que não havia mais ninguém, fitou O Fantasma com ainda mais interesse, desconfiança e

apreensão, adivinhando o que seus colegas nem suspeitavam: que aquele rapaz indiano

estava armando alguma. Que era mais perigoso do que aparentava ser. O número um era

mais esperto. Seria o mais difícil de derrotar.

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