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Assassin's Creed Submundo - Português

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Não que tivessem sido amigos, mas... espere um pouco, sim, eles tinham sido

amigos, porque amigos apoiam uns aos outros. Um amigo é aquele que se procura em

busca de conselho. Eles nos ajudam a pensar de um modo diferente. E Aubrey fizera tudo

aquilo e muito mais por Abberline.

Antes que se desse conta, seus ombros já estavam balançando, e lágrimas caíam no

assoalho do seu quarto.

– Ah, Aubrey – repetiu, mas com a boca molhada, desejando abraçar aquele homem,

seu amigo, mas, ao mesmo tempo, sentindo repulsa pelo que haviam feito com ele, por

seus traços pasteurizados como carne moída.

Tentou então imaginar Aubrey como ele era antes, contando piadas de salão no Green

Man. Lamentando a morte de uma garota de cortiço. Ele tinha sido um homem

compassivo demais, esse fora o problema de Aubrey. Seu coração era grande demais para

esse mundo.

Perguntou-se como teria sido o momento da sua morte. Eles teriam pressionado

Aubrey por informações, logicamente. Já deviam saber sobre o indiano graças ao guardacostas,

e, portanto, que mais Aubrey poderia lhes contar? Sobre o homem encapuzado,

talvez. Como se agora isso tivesse importância. Fazia poucos dias que Abberline dissera a

si mesmo que aquela matança teria de parar, e, no entanto, outra vida tinha sido tirada,

uma vida preciosa.

Talvez Aubrey tivesse razão. Talvez não houvesse respostas. E talvez tivéssemos apenas

de aceitar isso de vez em quando.

Por enquanto, ele se limitou a ficar ali ao lado do seu amigo, Aubrey Shaw, os

ombros trêmulos, as lágrimas escorrendo mais livremente agora.

– Desculpe, colega – dizia ele, sem parar. – Desculpe... Sinto muito.

E então Aubrey abriu os olhos.

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