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Assassin's Creed Submundo - Português

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estejam enchendo essa sua cabeça e dar o próximo passo em direção à nova fase do seu

destino.

– É esse o seu desejo?

Ela abaixou as mãos e se virou, rindo.

– Ah, agora sim, Jayadeep! Querido Jayadeep, meu doce menino, nascido do meu

ventre, amamentado no meu seio. Que mãe sonha em ver seu filho se transformar num

matador?

– Um Assassino, mãe. Um grande Assassino, não um grande matador.

– Você pode ser um grande Assassino sem ser um grande matador, Jayadeep. É o que

desejo para você agora. É por isso que estamos aqui. Já que você aceitou sua nova vida, eu

lhe dou as boas-vindas a ela.

Sua mãe indicou a loja em frente à qual estavam parados. Os olhos dele se voltaram

para o lugar, uma vitrine encardida repleta de tralhas empoeiradas.

– Uma loja de bugigangas? – questionou ele.

– O lugar perfeito para uma mente curiosa como a sua – respondeu ela.

– Nossa, então eu devo me tornar um dono de loja – disse ele, sem emoção.

– Vamos entrar?

Ela retirou uma chave de dentro do manto e, instantes depois, entraram na loja

entulhada de objetos, que era, de certa maneira, reconfortante. No seu interior parecia

haver uma aura de mistério, e, quando eles fecharam a porta, abafaram completamente os

sons da rua. A poeira dançava contra o brilho da luz do sol que entrava pelas janelas,

obscurecidas por pilhas de quinquilharias. Havia prateleiras e mais prateleiras repletas de

objetos variados, que formavam variadas sombras. Ele gostou do lugar imediatamente.

Mas, mesmo assim... era uma loja.

– Acredito que foi Napoleão quem disse que a Inglaterra era uma nação de

comerciantes – disse a mãe, sorrindo. Percebeu que ele estava intrigado e que gostara

demais do lugar para simplesmente negar a oferta. – Nada mais adequado, então, do que

se tornar um.

Eles caminharam por um corredor estreito por entre prateleiras forradas de todo tipo

de enfeites e miudezas. Ali havia uma cheia de livros empoeirados; acolá, outra, que

parecia prestes a cair sob o peso das louças empilhadas. Ele viu flores secas sob placas de

vidro, e percebeu que ainda sabia o nome de cada uma delas, graças às lembranças de sua

mãe em Amritsar. Ela viu que ele estava olhando, e ambos se entreolharam. Com que

cuidado, pensou Jayadeep, haveriam escolhido cada objeto daquela loja? Afinal de contas,

sua mãe evidentemente já estivera ali antes. Caminharam pelo corredor e ela mostrou-lhe

mais coisas que achava que seriam interessantes para ele. Uma delas era uma bandeja

cheia de peças de relógios, que o empolgou imediatamente. Aquilo o transportou para

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