27.07.2020 Views

Assassin's Creed Submundo - Português

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Outra pausa e, então, o guarda-costas começou a falar com uma voz que ressoava por

entre seus ombros curvados.

– Bem, então você estaria certo, agente, porque, se quer saber, ele está mesmo no lado

dos justos. É um homem bom. Melhor do que eu ou você jamais seremos.

– Fale apenas por si mesmo. Então, ele estava no cemitério naquela noite, não é?

– Sim, estava lá e não houve nenhum “ataque”. Houve, sim, uma injustiça, uma

injustiça na qual eu estive envolvido, para minha vergonha, uma injustiça que ele

consertou. Meus patrões na época, dois aristocratas, estavam mexendo com uma mulher,

só de gozação, só porque podiam. E eu e meus colegas estávamos fazendo a segurança

deles. Não cabia à gente saber o motivo nem nada.

Abberline lhe deu um sorriso falso de compreensão.

– Então, esse jovem apareceu, o único transeunte que fez algo além de reagir aos

gritos dela com uma perplexidade fraca. E, quando os dois homens não pararam com a

brincadeira, ele os fez parar. Nunca vi nada se mover tão rápido, estou falando sério; nem

menino, nem homem, nem bicho. Ele era melhor do que todos nós, inclusive que o

senhor. Fez tudo num piscar de olhos, e nós merecemos, cada um de nós, fizemos por

merecer. Então, se o senhor quer mesmo saber por que não o identifiquei nas obras da

ferrovia, e se está sendo sincero quando diz que acredita que ele luta pelo bem, e só

porque estamos nesta salinha do The Ten Bells, pois vou negar tudo nas obras, na

delegacia, ou diante de um juiz... Então, sim, era ele mesmo. E boa sorte para ele.

– Claro que era o mesmo homem!

Marchant e Cavanagh se reuniram com Hazlewood no Traveller’s Club, na Pall Mall, e

o levaram para o salão de fumar que dava para os Carlton Gardens.

Cavanagh era sócio do Traveller’s, nomeado pelo Coronel Walter Lavelle, pouco antes

de Cavanagh assassiná-lo; Marchant, braço direito de Cavanagh, também era frequentador

do clube. Hazlewood, por outro lado, estava ansioso ou, como depois relatou à esposa,

“tão empolgado quanto um pinto no lixo”. Homens como ele não estavam acostumados a

se divertir no Traveller’s Club, na Pall Mall, e ele sentia o cheiro do dinheiro, assim como

a chance de solucionar esse maldito caso. E, talvez, se fosse um bom jogador, teria a

chance de solucionar o caso e embolsar umas pratinhas por fora.

Não esquecia, contudo, o fato de que estava em um lugar antigo e sofisticado, sem

dúvidas.

Ao redor deles, ouviam-se vozes elevadas e risadas de lordes bêbados e cavalheiros a

embebedar-se ainda mais; porém, era difícil imaginar Cavanagh fazendo parte daquilo.

Sentou-se em uma vultosa poltrona de couro, repousando as mãos em seus braços. Vestia

um terno preto elegante com vislumbres de uma camisa branca no colarinho e nas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!