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Assassin's Creed Submundo - Português

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Ele olhou para ela, mas, se estava esperando uma resposta, ela não lhe deu esse

gostinho. Então, ele continuou:

– Veja, beldade, temos um colega em Londres que foi oficial do Exército britânico e

passou um tempo na Índia. Ele ouviu falar tudo sobre o extraordinário Jayadeep Mir, e,

agora, conheceu um rapaz indiano bastante extraordinário em Londres. Então, juntando

uma coisa com a outra, ele agora quer saber se existe a possibilidade de que os dois sejam

a mesma pessoa. O que tem a me dizer sobre isso?

Ela não disse nada, mas quando ele deu um passo para o lado e pegou o alicate, pôde

enxergar para além dele e ver em que posição estavam as lâminas ocultas. Agora ela só

precisava conferir qual era a estabilidade daquela mesa. Fingiu uma fúria incontrolável e

começou a se sacudir, como se quisesse se libertar. Os homens lhe lançaram um olhar

divertido, mas ela agora já descobrira o que queria saber: a mesa não estava amarrada ao

chão, mas era pesada. Pesada demais para ela conseguir virá-la sozinha. Precisaria de

ajuda para isso.

Mas, se conseguisse virá-la, talvez conseguisse pegar uma das lâminas.

– Água – pediu, baixinho.

– Acho que não escutei – disse o inquisidor, que estava revirando o alicate na mão,

olhando-o carinhosamente. – O que foi que você disse?

Ela fingiu estar com a boca seca demais para pronunciar bem as palavras.

– Água...

Ele se inclinou para perto.

– O que você disse?

Estaria perto o bastante para ela mordê-lo? Havia duas chances para ela fazer isso, e

esta era uma delas. Mas, se errasse...

Não. Melhor esperar. Melhor tentar transmitir a ele uma falsa sensação de segurança.

Então, como se estivesse fazendo um esforço hercúleo, conseguiu dizer a palavra

“água” alto o suficiente para seu inquisidor ouvir, e ele deu um passo para trás, todo

sorridente.

– Ah, foi isso mesmo o que achei que você tivesse dito. – Ele apontou para um dos

homens, que saiu e voltou alguns instantes depois com uma caneca de barro que colocou

na frente dela.

Ela tentou alcançá-la com os dentes, antes de olhar para o homem com ar suplicante,

e, com um sorriso, ele pegou a caneca e levou-a até os lábios dela, excitado e estimulado

ao ver aquela mulher linda tão subjugada que precisava de ajuda até para tomar um gole

de água. Ah, como iria adorar o que estava por vir. O inquisidor era um homem que

gostava do seu trabalho; era bom no que fazia, um especialista quando a questão era

infligir...

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