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Assassin's Creed Submundo - Português

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tipo “nem-pensem-em-não-abrir, aqui-é-a-polícia”, entraram e começaram a falar sobre

pessoas que urinam nas próprias calças.

O rosto de Aubrey estava mais vermelho do que nunca, mas a raiva havia conferido à

expressão de Abberline uma cor quase igual enquanto ele mirava homem por homem

com fúria. Até que seus olhos pousaram, por fim, no Fantasma.

– Você aí – vociferou. – Onde arrumou esses cortes?

– O Sr. Singh é um operário do canteiro, agente – intercedeu Cavanagh antes de O

Fantasma responder. – Receio que não fale inglês direito. Ele sofreu um acidente na vala

ontem à noite.

Cavanagh não se esforçou para ser gentil ou agradável com Abberline. Simplesmente

apresentou os fatos. Enquanto isso, fez sinal para o Outro Sr. Hardy, que se virou para

sair.

– Aonde pensa que vai? – gritou Abberline, postando-se na frente do Outro Sr.

Hardy.

– Ele vai aonde eu disser, ou aonde ele quiser, ou talvez até a delegacia, se ele quiser

falar com um sargento de lá... A menos que, é claro, o senhor planeje prendê-lo; nesse

caso, tenho certeza de que todos nós gostaríamos de ouvir sob qual acusação, e quais

evidências o senhor tem para sustentá-la.

Abberline gaguejou, ficou sem palavras. Não tinha ideia de como aquela situação iria

se desenrolar, mas de uma coisa tinha certeza: não imaginou que seria desse jeito.

– Bem, o senhor estava falando sobre gente que mija nas calças... – inquiriu Cavanagh

secamente. – Quem seriam essas pessoas mesmo?

– As que estão na extremidade de um nó corrediço – respondeu Abberline.

– Suicidas?

– Não só suicidas, não; vítimas de assassinato também. Onde quer que se encontre

uma pobre alma amarrada na ponta de um nó corrediço, também se vê algum efluente. O

intestino solta, entende. – Fez uma pausa de efeito. – A Sra. Waugh teve sorte de não ter

feito o número dois.

Seu olhar percorreu a sala: o indecifrável Cavanagh, o ardiloso Marchant, os três

torturadores, que pareciam estar se divertindo bastante, e... o indiano.

O olhar de Abberline deteve-se por mais tempo no indiano, e o policial podia jurar

ter visto algo nele, uma centelha de emoção, e não uma emoção barata, mas algo nobre.

Do tipo que Aubrey sempre dizia que conseguiria sentir se um dia aprendesse como.

Abberline tirou lentamente os olhos do indiano, dirigindo-os ao grandalhão, o

torturador com um dente de ouro.

– Você – disse. – Foi você, não foi? Você estava na casa.

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