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Assassin's Creed Submundo - Português

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testando; na verdade, pouco depois daquele dia, passou-se um episódio cujo significado

O Fantasma ainda tentava decifrar.

No fim de uma tarde, ele se aproximou de Marchant no lamaçal. Gritando para se

fazer ouvir por cima do barulho de um trem a vapor carregado de detritos, tentou

entregar a escala de serviços ao mestre de obras, como sempre fazia ao fim de cada turno.

– Tudo em ordem, senhor – disse, indicando a grande movimentação atrás dele:

homens subindo nos guindastes, baldes de terra balançando a cor negra contra a

minguante luz cinza do dia, trabalhadores de rostos sujos carregando pás e picaretas nos

ombros, deixando a escavação como homens derrotados que voltam para casa. As esteiras

transportadoras emitindo sons estridentes. Sempre estridentes.

Mas, nessa ocasião, em vez de receber a escala como de costume, Marchant deu de

ombros e apontou para o escritório de madeira do canteiro, que estava atrás deles.

– Leve lá pra dentro – orientou. – Deixe no canto que fica perto da mesa de projetos.

Dou uma olhada mais tarde.

O olhar de Marchant nada denunciava. O Fantasma assentiu e fez o caminho de volta.

Cavanagh não estava lá. Tampouco o Sr. Hardy, ou o Outro Sr. Hardy. Apenas O

Fantasma, que entrava no escritório, o coração das operações, sozinho.

Deteve-se. Aquilo era um teste. Com certeza, um teste. Ciente de que Marchant

poderia estar cronometrando seus passos, ele acendeu um lampião e depois andou em

direção à mesa de projetos.

Marchant havia sido bastante enfático com relação a isso. A mesa de projetos.

E, como era de se esperar, enroladas na mesa de projetos, estavam as plantas da obra.

Repousando o lampião na mesa, O Fantasma inclinou-se para inspecionar o

documento em forma de tubo. Se houvesse uma armadilha, como suspeitava, ela estaria

bem ali e... lá estava! Um único fio de cabelo negro fora deixado dentro das plantas, e

apenas a pontinha dele estava do lado de fora. Seu coração bateu forte. O Fantasma puxou

o fio com as unhas, e, depois, rezando para que aquela fosse a única armadilha,

desenrolou as plantas.

Bem ali, diante dele, estavam os desenhos da escavação e da construção da ferrovia,

mas não eram os oficiais. Já os tinha visto quando esticava o pescoço entre as cabeças de

outros trabalhadores enquanto Charles Pearson e John Fowler faziam apresentações da

“menina de seus olhos”. Tais plantas eram idênticas a essas, exceto por uma diferença

vital. Em seu canto superior direito havia o timbre da Metropolitan Railway. O conjunto

que tinha em mãos ostentava, em vez disso, o timbre dos Cavaleiros Templários.

Marchant devia estar se perguntando onde ele estava. Rapidamente, examinou os

desenhos diante de si, e seus olhos foram logo para uma área da escavação; na verdade, a

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