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Assassin's Creed Submundo - Português

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O Fantasma terminou de analisá-los. Que bom seria se estivesse segurando uma kukri

em uma das mãos e tivesse sua lâmina oculta sob o pulso da outra. Nesse caso, não

haveria dúvidas quanto ao resultado da luta. Ou melhor: a luta já teria terminado haveria

algum tempo. Apesar disso, teve confiança de que iria vencer. Ele tinha alguns pontos a

seu favor: estava sendo subestimado pelos inimigos, era extremamente treinado, bastante

rápido e habilidoso, e analisara seus oponentes, seu entorno e a distância que o separava

deles.

E, então, aconteceu mais uma coisa a seu favor. Pois quando o número um começou

a dizer “Vou te dar uma última chance, rapaz...”, O Fantasma usou a vantagem do

elemento surpresa.

E atacou.

O número dois ainda estava tentando tirar as mãos dos bolsos do casaco quando a

testa do Fantasma arrebentou seu nariz. Esse golpe — um “truque sujo” que Arbaaz

jamais aceitara completamente, mas que Ethan apreciava bastante — tinha a vantagem de

provocar uma dor intensa, instantânea, perda de sangue abundante, cegueira temporária e

desorientação. Durante os primeiros instantes cruciais da batalha, o número dois estaria

incapacitado. Estava fora do jogo, incapaz de oferecer resistência quando O Fantasma

girou o corpo e deu-lhe uma cotovelada, deixando-o sem ar, enquanto puxava com a mão

livre o que estava guardado no bolso do homem... um cassetete, droga.

Bem, pelo menos o cassetete era pesado. Ele o puxou do bolso do oponente e girou o

corpo para o outro lado, fazendo o bastão de couro preto em sua mão chocar-se contra a

têmpora do número dois. O Fantasma bateu com toda a sua força, e isso significava

muita: o golpe quase arrancou o escalpo do homem.

O número dois estava enfiando a mão no bolso quando foi atingido, mas, O Fantasma

não descobriu o que ele trazia guardado. O homem continuou com a mão no bolso

enquanto cambaleava, de boca aberta, parecendo um peixe fora d’água. As saliências do

cassetete haviam aberto um corte profundo na lateral de sua cabeça, de onde já começava a

jorrar sangue. O homem provavelmente iria sobreviver, mas ficaria com o cérebro

danificado — talvez passasse o resto de seus dias preso a uma cadeira de rodas, babando,

sendo alimentado com comidas pastosas, sem as faculdades mentais necessárias para

entender como um rapaz indiano o havia derrotado tão facilmente. O Fantasma deu um

passo à frente e desferiu dois socos em sua garganta. O corpo do homem ainda estava se

contorcendo no chão quando O Fantasma se virou.

Tudo aquilo aconteceu no tempo necessário para se desembainhar uma espada, o que

foi exatamente o que o número um fez. No meio deles estava o número dois, que, apesar

de atordoado com o golpe no nariz, ainda estava de pé e prestes a recobrar os sentidos

quando O Fantasma, sem querer perder a vantagem da arrancada, golpeou mais uma vez,

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