27.07.2020 Views

Assassin's Creed Submundo - Português

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Os outros concordaram. O Fantasma demonstrou seu sinal, um piado de coruja, e

sumiu por um caminho que seguia até o terraço, correndo até chegar à porta da casa dos

Waugh. A porta com certeza estaria trancada. Ele nem tentou abri-la. Em vez disso, olhou

rapidamente para a esquerda e para a direita e saltou, se segurando numa saliência do

muro, e subindo até o topo.

Ele ficou agachado ali por alguns instantes, uma silhueta escura na noite, aproveitando

um instante de orgulho em uma vida que não lhe dava nenhum. Desejou estar usando seu

manto, e podia sentir o peso de sua lâmina oculta no antebraço, mas, naquele momento,

devia se limitar a ficar ali agachado.

O momento de espera acabou, e ele desceu silenciosamente para o outro lado, onde

aguardou em meio aos arbustos até sua visão se adaptar à pouca luminosidade do lugar.

À sua frente, havia um jardim bem cuidado (evidentemente ganhava-se muito dinheiro

vendendo essas “fotos eróticas”), enquanto à sua esquerda ficavam os fundos da casa. Ele

foi por ali, adivinhando onde era a cozinha pela intensidade da luz vinda das janelas.

Agachou-se, permitindo que a noite o ocultasse.

E então – com muito, muito cuidado – espiou dentro da casa.

Em pé na cozinha, com os chapéus nas mãos, estavam dois policiais. Um deles, que O

Fantasma não conhecia, tinha o rosto gordo e vermelho, e o outro era Abberline, o

policial que fora até as escavações. O Fantasma lembrava que ele tinha analisado com

cuidado o ferimento no peito de Waugh. Parecia contraditório dizer isso, mas deixar um

ferimento tão limpo fora um descuido de Ethan. Abberline suspeitava de alguma coisa.

E era provavelmente por este motivo que ele estava de pé na cozinha dos Waugh. Ele e

seu companheiro estavam conversando com uma mulher nervosa que parecia uma velha

empregada, com avental e chapéu. Segurava um rolo de macarrão como se pudesse usá-lo

contra os tiras a qualquer momento. Sem dúvida era a senhora Waugh. O Fantasma não

pôde ver seu rosto para fazer leitura labial, mas ela falava tão alto que ele conseguia ouvir

pela janela:

– Eu sempre disse que ele estava indo longe demais! Sempre soube que ele estava

brincando com fogo!

Algo chamou a atenção do Fantasma. Ali, no corredor que leva à cozinha, escondido

pelas sombras, estava um vulto que O Fantasma reconheceu como sendo o Sr. Hardy. O

Fantasma não fazia ideia de como ele havia entrado na casa, mas o motivo que o levara ali

era bem claro, pelo brilho da faca que trazia na mão.

Os dois policiais estavam de costas para Hardy. Não tinham a mínima chance. A

mulher estava ocupada demais gesticulando com o rolo para vê-lo.

Nenhum deles tinha chance alguma.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!