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Assassin's Creed Submundo - Português

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fora empurrada para baixo da mesa. Ela não conseguia ver seus próprios pés, mas

estavam amarrados aos pés da cadeira. Entretanto, as mãos tinham sido colocadas à sua

frente com as palmas para baixo sobre o tampo da mesa, bem amarrada com uma correia

de couro. Era quase como se ela estivesse prestes a receber uma manicure.

E de certa maneira estava mesmo. A poucos centímetros de seus dedos, colocado

sobre a mesa propositadamente à vista, viu um par de alicates – do tipo de que se usa

para arrancar unhas.

Sabia que iria acontecer uma sessão de tortura, claro. A dor cumulativa. Já tinha

ouvido falar de um Assassino que conseguira suportar a dor de cinco unhas arrancadas

antes de ceder.

Pelo que podia perceber, havia três homens de terno marrom ali naquele armazém

com ela. Com as mandíbulas cerradas, observou um deles inspecionar sua lâmina oculta,

e algo a irritou – mais do que ter sido capturada, mais do que terem roubado sua lâmina,

e mais do que ter recebido de um dos sorridentes homens de terno marrom a notícia de

que Ajay tinha sido retalhado como um cachorro no meio da rua: o fato de terem

roubado a lâmina de Ajay também. Outro Templário grandalhão a revirava entre as mãos,

na outra cabeceira da mesa.

– Esta aqui travou – informou aos colegas, e todos riram.

Mas não é por isso que você não vai conseguir usá-la, seu idiota, pensou Kulpreet. A

menos que saiba posicioná-la da maneira correta sobre o pulso e movimentar os

músculos e tendões exatamente como faria Ajay, ou que consiga acionar o mecanismo de

segurança... mas, sinceramente? Você pode passar a vida inteira procurando o

mecanismo, mas não vai encontrá-lo.

O líder dos homens de terno marrom voltou a atenção novamente para Kulpreet.

– Cada lâmina dessas foi calibrada individualmente para cada Assassino – gritou, por

cima do ombro, enquanto caminhava em direção a Kulpreet. Às suas costas, os dois

grandalhões já tinham se cansado de inspecionar as lâminas e as deixado de lado na mesa,

e ela sentiu vontade de olhá-las, checar em que posição estavam. Não se atreveu, porém.

Estava pensando no mecanismo de segurança.

– Ora, ora, ora, ela acordou – disse o inquisidor sorridente. – Parece que está na

hora de começar.

Ele apanhou o alicate, mas depois fingiu com exagero que pensava duas vezes, e,

então, deixou que caísse na mesa com um ruído metálico.

– Ah, acho que talvez eu não precise disso – disse, quase que para si mesmo. – Quer

dizer, não é uma pergunta difícil, essa que eu vou fazer: você matou Jayadeep Mir três

anos atrás ou ele foi banido para Londres? É uma pergunta bem direta, na verdade.

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