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Assassin's Creed Submundo - Português

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Não era só isso, entretanto, que Abberline estava olhando. Estava de olho no

escritório. Observou a porta se abrir e um cara indiano sair dela, carregando algumas

pastas.

Ótimo, pensou Abberline, achando que era uma visão consoladora. Por algum

motivo, duvidava que fariam algum mal a Aubrey caso o camarada indiano estivesse por

perto.

“Ele de fato está do lado dos justos. É um homem bom. Melhor do que o homem que eu

ou você jamais seremos.”

O que Abberline viu em seguida foi ainda mais consolador. Os torturadores também

estavam saindo do escritório, os três, com a aparência mais casual do mundo. E se

estavam ali, bem, então não estavam em algum outro lugar maltratando Aubrey. Abberline

se perguntou se aqueles homens não tinham feito um trajeto parecido ao dele próprio.

Talvez tivessem ido ao Green Man e depois ao Lord’s, onde acabaram sendo impedidos

de andar por causa da multidão.

Sim, pensou, dando as costas à cerca e às obras. Sim, era isso. Com sorte, a essa

altura Aubrey já estava de volta são e salvo ao seio de sua família feliz...

A dona do seu apartamento morava no térreo e apareceu assim que ele deu as caras por

ali.

– Dia agitado, policial? – perguntou ela.

– Pode-se dizer que sim, madame – respondeu Abberline, retirando o capacete.

– Agitado demais para me dizer que o senhor estava esperando uma entrega?

Ele olhou intensamente para ela.

– Entrega?

– Três cavalheiros vieram entregar um tapete imenso, ou pelo menos foi o que me

disseram. Devia ser pesado também, porque os três tiveram de se juntar para carregá-lo

até lá em cima...

Abberline já estava subindo as escadas em disparada.

Os canalhas haviam deixado o corpo sentado em uma das cadeiras do apartamento de

Abberline, como se estivesse aguardando seu retorno. Deixaram-no ali como uma espécie

de aviso: é isso o que o aguarda.

Haviam espancado Aubrey até a morte. Mal era possível reconhecê-lo embaixo da

carne lívida e inchada, dos hematomas enormes, dos olhos cerrados, do sangue que

escorria dos cortes feitos com soqueiras de metal.

– Ah, Aubrey... – lamentou Abberline.

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