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Assassin's Creed Submundo - Português

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e enterrou-a na virilha do homem mais próximo dela.

Foi feio, mas resultou numa bela quantidade de barulho e de sangue, e, como a

ensinaram, uma bela quantidade de barulho e de sangue é um elemento surpresa de

grande ajuda quando se deseja realizar um ataque bem-sucedido.

O guarda caiu no chão aos berros, e seus companheiros começaram a gritar. A lança,

porém, àquela altura já estava longe do pescoço de Evie, que, apoiando a mão enluvada no

chão, girou o corpo para enfrentar o segundo homem. Foi como se ela tivesse lhe dado

um soco no estômago, só que com a lâmina e a manopla: o golpe fez o homem sair

voando pelo salão segurando o ferimento na barriga, que em questão de segundos

começaria a sangrar.

Quando chegou a vez do terceiro homem, contudo, ela não teve tanta sorte. Apesar de

ele não conseguir empunhar a espada novamente, apanhou o cabo da lança caída e se pôs

a brandi-lo. Acertou em cheio a lateral da cabeça de Evie. Ela cambaleou, sabendo que a

falta de dor naquele momento significava uma agonia atroz mais tarde, e começou a

brandir sua lâmina para todos os lados.

Conseguiu rasgar as roupas dele e abriu um corte em sua pele, mas aquilo não era

nem de longe o bastante para liquidá-lo. Ele saiu correndo para o lado: era mais ágil do

que aparentava ser, e tentou atingi-la de novo com o cabo da lança, mirando mais uma vez

a lateral da cabeça dela.

Agora, entretanto, ele errou o golpe... mas ela, não. Seu golpe foi certeiro: ela enfiou a

lâmina no coração do homem e ele caiu, praticamente morto antes mesmo de atingir o

chão. Os outros dois homens retorciam-se, gemendo, na agonia ruidosa dos estertores da

morte, e Evie lançou-se sobre Lucy Thorne com a lâmina em riste. Atirou longe a adaga

que a outra tinha sacado e deliciou-se com o olhar de surpresa e medo no rosto da sua

adversária, sabendo que a batalha estava ganha e permitindo-se um sorriso de satisfação

sombria ao sentir que sua lâmina atingia o alvo.

Agora, finalmente, Lucy Thorne jazia moribunda no chão. Evie olhou para ela, quase

surpresa com sua própria falta de piedade.

– Você estava atrás de um objeto de cura apenas para aumentar seu próprio poder –

declarou, pura e simplesmente.

– Meu não: nosso. Vocês são tão limitados! Conquistam poder e nunca o utilizam,

quando nós seriamos capazes de melhorar as condições da humanidade. Espero que

vocês jamais encontrem o Sudário. Vocês não fazem ideia do que ele é verdadeiramente

capaz de fazer.

Curiosa, Evie inclinou-se para perto da mulher.

– Ah, é? Então me diga.

Foi como se, no último instante, Lucy Thorne mudasse de ideia.

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