27.07.2020 Views

Assassin's Creed Submundo - Português

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

com um grito agudo e atingiu o almofadinha com toda a sua força.

Não foi um ataque muito bonito. Nem decisivo. Mas, com certeza, foi eficiente e, com

um grito de surpresa, e dor, o idiota abastado caiu em meio às lápides. Tentou erguer o

alfanje de novo, mas a mulher foi mais rápida e pulou sobre o braço que o empunhava,

quebrando-o com um estalo audível. Depois, com o outro pé, pisou em seu rosto de

maneira que, por um segundo, dava a impressão de que ela estava dançando num tapete

feito de almofadinha.

O homem se afastou, rosnando, seu rosto uma máscara coberta de sangue enquanto

ele pegava a espada com a mão boa e a erguia. Desequilibrada, a mulher caiu e novamente,

a sorte pendeu para o lado do homem, cujo alfanje estava prestes a matar a mulher; mas

àquela altura O Fantasma havia recobrado os sentidos e não deixaria aquele palerma

terminar o que havia começado. Atacou, batendo a palma da mão contra o ombro do

homem, o do braço machucado, fazendo com que ele se virasse e gritasse de dor ao

mesmo tempo.

O grito foi abruptamente interrompido quando O Fantasma deu o segundo golpe — o

golpe de misericórdia —, novamente com a mão, mas, dessa vez, mais forte. Atingiu o

ponto diretamente abaixo do nariz do almofadinha, quebrando-o e enviando fragmentos

de osso para o cérebro, matando o homem instantaneamente.

Ouviu-se um som alto quando o homem bateu a cabeça contra uma lápide que estava

no caminho e, em seguida, caiu imóvel na grama. Um fio de sangue vermelho-escuro e

massa encefálica escorreram das suas narinas. Suas pálpebras tremeram enquanto ele

morria.

O Fantasma se levantou, os ombros subindo e descendo, enquanto recuperava o

fôlego. Apoiada em uma lápide próxima, a mulher o observava e, por alguns minutos, os

dois se analisaram com cautela: aquela estranha senhora de cabelos brancos, de rosto

fino, castigado e ensanguentado pela surra, e aquele estranho indiano, sujo depois de um

dia de trabalho nas escavações. As roupas de ambos rasgadas e imundas. Ambos exaustos

e com marcas da luta.

— Você salvou a minha vida — disse ele, quebrando o silêncio.

O Fantasma falava baixinho. Suas palavras pareciam evaporar-se no cemitério escuro e

silencioso. A mulher, agora com mais certeza de que ele não era um maluco que saíra por

aí para matar indiscriminadamente e que faria dela sua próxima vítima, levantou-se,

apoiando-se num braço.

— Só consegui fazer isso porque você salvou a minha primeiro — retrucou ela através

de dentes quebrados e lábios ensanguentados.

Ele percebeu que ela estava bastante ferida. O jeito com que trazia a mão num dos

flancos sugeria que devia ter uma ou duas costelas quebradas. Bastaria um movimento

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!