POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como elemento essencial na<br />
prática cotidiana da sala de aula. Ao falar sobre a valorização do saber produzido nas relações<br />
sociais, é importante mencionarmos que o pedagogo como profissional que faz das situações<br />
concretas em que vive o seu instrumento de reflexão e elabora saber, esse mesmo saber faz com<br />
que o docente se relacione mais profundamente com o conhecimento.<br />
Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os<br />
setores produtivos estreitarem as relações existentes entre teoria e prática, canalizando-as em<br />
benefício da qualificação profissional, ainda que, contraditoriamente, o interesse das empresas<br />
capitalistas com a formação profissional seja a acumulação de capital.<br />
ALGUMAS CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
Durante os trabalhos realizados no GT1, foi ressaltado a importância da superação<br />
da idéias das habilitações em favor do que se chamou de uma “formação unitária”, o que tentaria<br />
contemplar a produção de uma identidade do pedagogo que oscilou, como observado no texto<br />
sobre a trajetória dos cursos de Pedagogia no Brasil, ora entre as concepções de profissional<br />
voltado somente à docência ora entre a idéia de um “técnico”, desvencilhado da docência.<br />
Nesse sentido, considerou-se que, além da existência de um tronco comum de<br />
disciplinas que garantisse a unidade de formação desse gestor/pedagogo, houvesse um conjunto<br />
de disciplinas optativas (e não “optatórias”) que proporcionasse ao formando a responsabilidade,<br />
já nesse percurso inicial, de escolher os próprios rumos da sua formação, tomando-se o devido<br />
cuidado de que, como ressaltou Tanuri em sua conferência, 3 nem tudo caberá no curso de<br />
Pedagogia.<br />
Segundo Libâneo (1998, p. 51), há na contemporaneidade, como também observado<br />
no presente texto, uma diversidade de práticas educativas que revela amplos campos de atuação<br />
do pedagogo, as quais podemos, a exemplo de Libâneo, englobar em duas esferas: a escolar e a<br />
extra-escolar.<br />
Tal estado, suficientemente abordado, remete-nos à problemática ressaltada no<br />
texto das novas diretrizes curriculares nacionais do Curso de pedagogia (BRASIL, 2006, p. 3-5)<br />
do equilíbrio entre formação e exercício profissional, e a crítica correspondente de que os estudos<br />
em Pedagogia dicotomizavam teoria e prática, problemática esta com a qual pretendemos finalizar<br />
este texto, porém sem a pretensão de esgotar as discussões.<br />
Sobre a formação prevista para os cursos de Pedagogia e o correspondente<br />
exercício do futuro profissional vale dizer que, sendo qual for a esfera provável de atuação, escolar<br />
ou extra-escolar, não haverá margem para uma crítica das relações, ou melhor, da falta das relações<br />
entre teoria/prática, caso seja entendido, conforme consta no texto das novas diretrizes curriculares,<br />
que a referência a ser adotada para se iniciar qualquer crítica a propósito “[...] diz respeito a<br />
diferentes concepções teóricas e metodológicas próprias da Pedagogia e àquelas oriundas de<br />
áreas de conhecimento afins, subsidiárias da formação dos educadores, que se qualificam com<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
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