POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
60<br />
A primeira experiência de operacionalização do Plano de<br />
Desenvolvimento da Escola – P<strong>DE</strong>, em escolas públicas brasileiras,<br />
ocorreu em 1997, na Região Nordeste. As escolas públicas desta<br />
Região, à época, apresentavam história de fracasso escolar no Ensino<br />
Fundamental e, em decorrência, altos índices de distorção idadesérie<br />
e de analfabetismo. Após experiência realizada com o P<strong>DE</strong> nas<br />
escolas da Região Nordeste, ele também foi implantado em escolas<br />
públicas das regiões Norte e Centro-Oeste (REISFERRO, 2005, p.<br />
123).<br />
Para essa proposta, inicialmente procurou-se atender prioritariamente aos<br />
municípios mais populosos dos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, as<br />
chamadas Zonas de Atendimento Prioritário - ZAPs (denominação dada pelo FUN<strong>DE</strong>SCOLA).<br />
O Plano de Desenvolvimento da Escola - P<strong>DE</strong> foi instituído pela Secretaria de<br />
Estado de Educação – SEDUC, naquela ocasião como proposta para escolas estaduais e<br />
financiado pelo FUN<strong>DE</strong>SCOLA (1997) através da sua coordenação executiva em Mato Grosso,<br />
visando fortalecer as escolas públicas e promover ações para melhorar a qualidade do Ensino<br />
Fundamental, reduzindo, assim, as desigualdades educacionais, através do programa do Fundo<br />
Nacional da Educação FN<strong>DE</strong> e do salário-educação.<br />
Os recursos disponibilizados são utilizados pelos estados e municípios em<br />
Programas de Formação continuada de professores; com metodologias próprias para escolas<br />
rurais; aquisição da infra-estrutura para as escolas (mobiliários, equipamentos, reformas etc.); e<br />
para a implantação e/ou consolidação do plano.<br />
As escolas devem planejar suas ações nos moldes determinados pelo P<strong>DE</strong> para<br />
recebem os recursos e executarem as ações estabelecidas.<br />
A organização da formação continuada se dá no início do ano letivo, quando<br />
os gestores reúnem-se para elencar os temas e a carga horária para o seu desenvolvimento. A<br />
partir de então, a proposta segue pelas devidas instâncias de aprovação, até que a verba para<br />
subsidiar as palestras, cursos e outros seja destinada à escola.<br />
Para continuar recebendo as verbas bimestrais, a escola deve elaborar o<br />
Plano de Desenvolvimento Escolar (P<strong>DE</strong>), informando por meio de um relatório todos os gastos<br />
previstos para aquele ano. A unidade escolar que não prestar conta de como o recurso foi investido,<br />
ficará sem receber as outras parcelas, e estará inadimplente com a Secretaria.<br />
A gestão procura profissionais externos para desenvolver os temas, através de<br />
cursos de formação continuada de 20, 30 e 40 horas com os recursos do P<strong>DE</strong>.<br />
O P<strong>DE</strong> traz um modelo de gestão para a escola, dentro dos moldes empresariais,<br />
com uma linguagem comum às empresas, causando, inicialmente, um certo estranhamento nas<br />
escolas as terminologias líderes de objetivos, gerentes de metas, eficácia, eficiência, estratégias,<br />
plano de ação, entre outras.<br />
A formação continuada se dá em forma de cursos com tempo e carga horária<br />
definidos, conforme a liberação da verba. O fato de as temáticas serem estipuladas pelos<br />
professores dá importância à formação, pois representa o interesse deles. No entanto, não se<br />
sabe se o palestrante, muitas vezes externo e alheio às dificuldades da escola, dará o<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO