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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

62<br />

O P<strong>DE</strong>, segundo os dados coletados, desenvolve-se na escola com a oferta de<br />

capacitações pontuais, descontínuas, desenvolvidas de forma muitas vezes desconectadas entre<br />

si. Os sujeitos apontaram, inclusive, trocas de palestrantes, debatedores, devido ao valor que<br />

deveria ser pago pelo trabalho, sendo substituído por alguém de menor custo, com um tema<br />

também diferente do agendado.<br />

Neste caso a escola, ao demonstrar descompromisso com a formação financiada<br />

(a custos baixos) pelo P<strong>DE</strong>, muito pouco contribui para mobilizar seus professores, fazer a<br />

mudança necessária em seu interior e provocar o debate sobre o seu projeto político pedagógico.<br />

A pesquisa apontou, também que a formação continuada oferecida pelo CEFAPRO<br />

de Rondonópolis, a qual se constituiu em referência estadual de formação ao incluir em suas<br />

discussões a luta sindical, a política na formação profissional, a discussão coletiva e um movimento<br />

a favor da mobilização dos professores por uma educação voltada para as especificidades da<br />

escola, com o apoio da Universidade Federal, campus de Rondonópolis. Tal centro de formação,<br />

ao desenvolver projetos de formação continuada, fazia enquanto um processo de discussões<br />

que envolvia um constante olhar do professor para a sua profissão e para o projeto de escola.<br />

No entanto, a gestão educacional do Estado, através de um projeto intencional e<br />

gradativo de desconstrução da autonomia dos CEFAPROS (num total de 12 centros criados em<br />

Mato Grosso), atingiu o CEFAPRO de Rondonópolis, tornando-o inábil para desenvolver a formação<br />

que até então fora legítimo. Este fato, teve um desencadeamento que levou os professores ao<br />

extremo de seus limites para suportar o processo maquiavélico de provocar a auto-implosão, isto<br />

é, os professores formadores, no esgotamento de toda e qualquer esperança de continuarem a<br />

desenvolver a formação para a conscientização diante do panorama que se apresentava aos<br />

olhos, pediram demissão do centro e voltaram às escolas, assumindo salas de aula.<br />

Finda a resistência e os resquícios da formação para a autonomia da escola, o<br />

Estado, então, a partir da “espontânea” retirada dos formadores, estabelece em normativa legal a<br />

função prescritiva dos CEFAPROS, alocando neles novos profissionais que levarão adiante os<br />

programas, projetos e formação agora com outra cara e outro modelo, o do sistema centralizador<br />

da formação, em maio de 2006.<br />

Poderia indagar, mas antes não era sistema? Que compreensão tenho de sistema?<br />

O CEFAPRO não é da Secretaria de Estado de Educação?<br />

O CEFAPRO é sistema, é SEDUC, mas contemplava, em Rondonópolis,<br />

pensadores/formadores que davam conta de associar projetos do Estado com a autonomia do<br />

Centro, e isto foi possível pela sua história, pela sua criação a partir do projeto de Rondonópolis,<br />

com a participação ativa do SINTEP/ subsede de Rondonópolis, UFMT e Escola Estadual Sagrado<br />

Coração de Jesus. Naquele período da trajetória da formação continuada no CEFAPRO entre<br />

1999 e 2002, alguns sujeitos da pesquisa participaram e foram capazes de relatar a importância<br />

das discussões para entenderem o Ciclo Básico, os Parâmetros em Ação, a Escola Ciclada, o<br />

PRO<strong>FORMAÇÃO</strong> que foram políticas e projetos de formação oriundos do Estado, conveniados e<br />

discutidos nos CEFAPROS. Pode-se concluir que naquele período a formação continuada<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

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