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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

revertia na capacitação de uma boa professora e, nesse contexto, não se vislumbrava qualquer<br />

perspectiva de profissionalização (ROSEMBERG, 2004)<br />

78<br />

Dessa forma, a história da Educação Infantil começou a se configurar, de forma<br />

improvisada, mais ligada à vocação e ao dom feminino, do que a uma formação competente e a<br />

um processo de profissionalização.<br />

Na década de 30 do século XX, ocorreu a penetração do Movimento da Escola<br />

Nova, que deslocou o eixo da educação do adulto para a criança, aumentando o interesse por<br />

essa faixa etária.<br />

Em 1950, constata-se a produção de estudos sobre a criança e sua educação. Na<br />

década de setenta, os avanços da antropologia, da psicologia e da pedagogia provocaram um<br />

novo olhar sobre a criança e a reestruturação das escolas infantis.<br />

Decorrentemente acirra-se a consciência da necessidade de cuidar da criança,<br />

sendo instaladas creches e pré-escolas, num momento em que se desenhava um novo papel<br />

feminino, devido a uma maior inserção da mulher, sobretudo das classes populares, no mercado<br />

de trabalho.<br />

Posteriormente, com o desenvolvimento do País, muitas mulheres da classe média<br />

ingressam no magistério, fazendo-se necessária a expansão de escolas infantis para atenderem<br />

seus filhos.<br />

Com a redemocratização do País, nos anos 80, assiste-se a uma maior valorização<br />

da Educação Infantil, sendo criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e publicada a<br />

“Carta de Princípios da Criança: um compromisso social”, que considera tanto as creches, como<br />

um direito da criança, quanto a Educação Infantil como responsabilidade da família e do Estado.<br />

A Constituição de 1988 assegurou o direito da criança de 0 (zero) a 6 (seis) anos à<br />

educação e, sob sua influência, foi criado o movimento Pró-creches, objetivando democratizar o<br />

acesso à Educação Infantil.<br />

Nos anos 80, constata-se um aumento significativo de vagas para essa educação,<br />

que passaram de 1.198.104 para 3.530.000, mas que foram insuficientes para promover a sua<br />

universalização (DIDONET, 1993).<br />

Nessa época, foram veiculados o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei<br />

Orgânica da Assistência Social que conferiram destaque à criança e à sua educação.<br />

Passou-se a dar mais ênfase ao binômio “cuidar/educar”, o que aumentou a<br />

consciência da importância do “educar”.<br />

A Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) colocou,<br />

pela primeira vez, a Educação Infantil como nível de ensino integrado à educação básica. Segundo<br />

Silva:<br />

A conquista do direito constitucional à educação das crianças<br />

pequenas e a ampliação da rede de creches e pré-escolas<br />

são conseqüências diretas da organização popular, seja no<br />

movimento das mulheres, seja nas associações de<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

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