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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

para o desenvolvimento profissional a ponto desta contribuição tocar e modificar o sujeito envolvido<br />

como para a perspectiva pessoal do professor. Existem modalidades que consideram o que<br />

dizem os professores sobre suas constituições, percursos e processos formativos sem a<br />

preocupação de atingir um número grande de profissionais.<br />

Dessa forma, por mais que as concepções defendidas pela SEF sejam apregoadas<br />

com o intuito de respeitar as diversidades existentes no cenário educacional, o que encontramos<br />

no programa Parâmetros em Ação não reflete esta visão, já que pressupõe um modelo<br />

hegemônico de ação por meio de módulos previamente definidos, com “sugestões” inclusive de<br />

carga horária a serem desenvolvidas. Segundo Nóvoa, “o processo de formação alimenta-se de<br />

modelos educativos, mas asfixia quando se torna demasiado “educado” (2002, p. 57). Não teria<br />

sido isso o que ocorreu com o processo formativo desencadeado pelo programa citado?<br />

A experiência leva-nos a destacar que aquilo que é proposto nesses grandes<br />

programas precisa ser ressignificado dentro das instituições educativas nos momentos de trabalho<br />

docente coletivo.<br />

A conclusão tirada dessas situações descritas é que cada uma das ações<br />

formativas oferecem contribuições e limitações, havendo necessidade de se conhecer os grupos<br />

docentes a quem tais ações se destinam, encaminhando-se para a correspondência entre<br />

demanda e oferta, que, longe de sugerir uma relação de comercialização, aproxima-se de uma<br />

relação processual, onde se leva em conta o que se tem em mãos para realizar o trabalho que<br />

precisa ser feito e os movimentos gerados a partir da demanda inicial.<br />

Não se pode aceitar esses programas sem antes discutir com os professores a<br />

contribuição deles nos seus processos formativos e sem uma postura critica frente às perspectivas<br />

de engessamento de idéias e de concepções.<br />

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ARROYO, Miguel G. Reinventar e formar o profissional da educação básica. IN: BICUDO, M. A. V.<br />

e SILVA JUNIOR, C. A. da. Formação do Educador: dever do Estado, tarefa da universidade. São<br />

Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996.<br />

______. Trabalho – Educação e Teoria Pedagógica. In: FRIGOTTO, G. (org.). Educação e crise do<br />

trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.<br />

______. Ciclos de Desenvolvimento Humano e formação de educadores. Educação e Sociedade.<br />

Campinas, SP: Cedes, nº 68, dez/1999, p. 143-162.<br />

______. Experiências de inovação educativa: o currículo na prática da escola. In: MOREIRA, A. F.<br />

B. (org.). Currículo: Políticas e práticas. Campinas,SP: Papirus, 1999.<br />

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil - 1988. São Paulo: Editora Revista dos<br />

Tribunais, 2001.<br />

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de<br />

1996. In: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, n.º 248, de 23/12/96.<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

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