POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
mesmo que ele comece como um bacharelado. A licenciatura não é um sub-produto do<br />
bacharelado.<br />
Acreditamos que a FE da UFRJ, através de seus professores e das disciplinas<br />
pedagógicas, precisa repensar seu papel na formação dos licenciandos. É preciso se aproximar<br />
mais da graduação, despertar o interesse pela pesquisa sobre o ensino e a aprendizagem, sobre<br />
as políticas públicas de educação, os movimentos sociais, os espaços não formais de educação,<br />
entre tantos outros temas pertinentes à educação no país. Os professores precisam deixar claro<br />
que sua proposta de entendimento da educação brasileira, especialmente a pública, não se reduz<br />
à aplicação de teorias mágicas que se encaixam como luva nas salas de aula. Como afirmado<br />
por Kuenzer (1998), as faculdades de educação deverão, apoiadas em diferentes áreas do<br />
conhecimento, estar preparadas para compreender a nova realidade educacional brasileira e os<br />
novos espaços de educação. Conforme a autora,<br />
Para formar esse educador de novo tipo é necessário que as faculdades<br />
de educação, reconhecendo sua história e a relevância de sua<br />
contribuição, façam a autocrítica e busquem novas formas de<br />
organização de modo que se constituam como verdadeiros centros<br />
superiores de formação do educador, como espaços de articulação<br />
entre produção e divulgação do conhecimento pedagógico. Para tanto,<br />
é preciso superar a atual concepção que faz das faculdades de<br />
educação um fragmento da universidade com pouca relevância, posto<br />
que devem ser centros articuladores e difusores da ciência pedagógica<br />
que se produz a partir de todos os processos sociais e produtivos, e<br />
que estão presentes em todos os espaços pedagógicos, quer das<br />
relações sociais, quer das relações produtivas, quer dos espaços<br />
institucionalizados como são as escolas e as próprias universidades<br />
(p.9).<br />
No caso da FE UFRJ, ficou evidenciado pela análise do discurso dos licenciandos<br />
que ela é o espaço legítimo de formação de professores no âmbito desta universidade. Dessa<br />
maneira, a FE não pode fugir a essa responsabilidade de tomar as rédeas da formação de<br />
professores na busca permanente pela redução das distâncias entre os atores envolvidos nessa<br />
formação, apresentando-se como guia nesse caminho. Nosso desejo é resgatar para a FE da<br />
UFRJ a idéia inicial quando da criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, há<br />
mais de sete décadas: uma universidade dentro da própria universidade. À FE cabe esse papel<br />
integrador de saberes, através de um modelo interdisciplinar e condutor da formação de professores<br />
e pesquisadores.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
BOTELHO, M.G.B. Retrato em branco e preto de hibridismo midiático – Práticas culturais dos<br />
estudantes de licenciatura da UFRJ, futuros professores. Tese (doutorado). Orientador: Profa.<br />
Dra. Zaia Brandão – Rio de Janeiro: PUC, Departamento de Educação, 2004.<br />
BRASIL. Decreto n o 19.851 de 11 de abril de 1931. Dispõe sobre o ensino superior no Brasil.<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
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