12.04.2013 Views

POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Políticas de formação docente<br />

época, como uma extensão do lar. Além disso, era notória a desvalorização do magistério, devido:<br />

à sua feminização, aos baixos salários e ao deficiente nível de formação.<br />

80<br />

Segundo Campos (2002), no início da República, a formação docente continuou a<br />

valorizar a moral, a religiosidade e a prática, em detrimento de um maior embasamento teórico.<br />

Nesse período, foram realizadas análises sobre a profissão docente, que se revestiam de um<br />

cunho romântico e idealista.<br />

Na década de 30, Francisco Campos, como Ministro da Educação, implantou uma<br />

Reforma do Ensino Superior, que reconhecia a importância da formação docente, cursada neste<br />

nível de ensino. Nesse período, com o adentramento do Movimento da Escola Nova, ocorreram<br />

avanços na Educação Infantil: centralidade da criança no processo educativo; busca da<br />

universalização dos ensinos primário e infantil; inclusão de disciplinas científicas no currículo;<br />

aumento da carga horária do curso de formação, ocorrendo, também, um maior controle e<br />

valorização da profissão docente. Segundo Garcia (1999), a formação é componente da valorização<br />

e da profissionalização, por isso, o aumento da duração da formação, acabou representando<br />

uma melhoria, em termos salariais. Nessa época, passou-se a conferir uma maior cientificidade<br />

ao trabalho docente (HIPÓLITO, 1997).<br />

Em 1937, com o Estado Novo, as propostas escolanovistas, ligadas à instauração<br />

de uma educação pública, laica e gratuita foram preteridas. A Constituição em vigor passou a<br />

atribuir à família o dever para com a educação, desresponsabilizando, em grande parte, o Estado<br />

deste encargo.<br />

Nessa época, a Faculdade de Educação desmembrou-se da Faculdade de Filosofia,<br />

Ciências e Letras e a formação de professores em nível superior, embora sentida como<br />

necessidade, ficou apenas na retórica.<br />

Logo depois, nos Cursos de Formação de Professores foram introduzidas as<br />

disciplinas Didática e Pedagogia e, em 1941, a Didática adquiriu autonomia, passando a ser<br />

ofertada, após o término do Bacharelado, criando-se, assim, o “Sistema 3 + 1 (3 anos de<br />

Bacharelado e 1 de Didática).<br />

A Reforma Capanema, na década de 40, inviabilizou, aos egressos do curso normal<br />

e de outros cursos técnicos, o acesso ao ensino superior.<br />

A 1ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 4024/61, promoveu a<br />

equivalência entre os cursos técnicos e o curso secundário e, no campo da formação docente,<br />

enfatizou a importância de ela ser ministrada em nível superior.<br />

No período de arbítrio, a Lei 5692/71 vinculou o 2º grau ao setor produtivo, através<br />

da denominada profissionalização compulsória, que levou as escolas normais a se transformarem<br />

em simples habitação de 2º grau, o que as descaracterizaram (NUNES, 2004, p.14).<br />

Em 1980 realizou-se a 1ª Conferência Brasileira de Educação, que defendeu a<br />

centralização da formação de professores no Curso de Pedagogia, nas Licenciaturas e no Curso<br />

Normal. Nessa época, foi criada a ANFOPE (Associação Nacional para Formação de Profissionais<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!