POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
letivo, exceto as da Educação Especial, previstas para um ano e meio. Após colação de grau,<br />
portadores de diploma de Pedagogia, podem requerer matrícula e qualquer uma das habilitações<br />
ainda não cursadas, sejam eles graduados na própria UNESP ou fora dela. Destaque-se que as<br />
habilitações em Educação Especial e Gestão possuem cada uma delas um núcleo básico comum<br />
que diminui significativamente a quantidade de créditos a serem cursados em uma outra habilitação<br />
correlata.<br />
Esta estrutura, que se encontra em regime de extinção, propiciava aos pedagogos<br />
a possibilidade de acesso a uma ampla gama de conhecimentos. Porém, entre os graduados que<br />
porventura não retornassem para cursar outras habilitações permaneciam lacunas na sua formação.<br />
O graduado que não houvesse optado por Educação Especial, por exemplo, concluía<br />
o curso sem nenhuma disciplina da área. Noutro caso, o graduado que não houvesse optado por<br />
Educação Infantil, concluía o curso sem formação específica na área. O curso na sua estrutura<br />
anterior supunha retorno do graduado para cursar outras habilitações, o que nem sempre ocorria.<br />
Outra fragilidade do curso residia na falta de integração entre os docentes, vinculados<br />
a sete departamentos, a saber: Administração e Supervisão Escolar, Didática, Educação Espe-<br />
cial, Psicologia da Educação, Filosofia, Ciências Políticas e Econômicas e Sociologia e Antropologia.<br />
Os quatro primeiros departamentos citados atuam diretamente no curso e os demais apenas nas<br />
disciplinas de fundamentos.<br />
Em que pese a riqueza da diversidade assegurada pela contribuição de docentes<br />
provenientes de diferentes linhas de pesquisa a integração do trabalho por parte do Conselho de<br />
Curso de Pedagogia ficava necessariamente comprometida. Isto porque, a forma de avaliação da<br />
produção docente na UNESP tem como instância principal o Departamento e não o Conselho de<br />
Curso. Assim, os docentes, em primeiro lugar prestam contas ao seu departamento e,<br />
secundariamente, atendem às convocações do Conselho de Curso, entendidas como convites.<br />
Esta forma de organização dificulta a integração do trabalho docente, especialmente quando um<br />
curso conta com docentes de diferentes departamentos.<br />
A organização do projeto político-pedagógico de um curso superior flui bem enquanto<br />
as discussões são de natureza teórico-especulativa: possíveis perfis do profissional a ser formado;<br />
natureza e especificidade do curso; contribuições das diversas áreas; delineamento dos campos<br />
de atuação profissional.<br />
A tendência conservadora dos cursos se revela nas dificuldades postas para a sua<br />
reestruturação, por parte de seus agentes, o que se verificou nos processos de reestruturação<br />
dos cursos de Pedagogia da UNESP.<br />
Os interesses coorporativos de manter ou fortalecer departamentos, linhas de<br />
pesquisa, disciplinas, docentes, etc, se sobrepõem, por vezes sutilmente e por vezes de forma<br />
explícita, às discussões teóricas e aos princípios definidos no projeto pedagógico. Os cursos que<br />
no processo de reestruturação criaram uma comissão representativa e deliberativa, sob a<br />
coordenação do Conselho de Curso, conseguiram mudanças substancias. Os cursos em que os<br />
coordenadores buscaram atender no varejo as expectativas de docentes e de seus departamentos<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
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