POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
do Pólo 3 e não só deste ou daquele município. Este fato reforça a idéia de que a formação<br />
continuada pressupõe um trabalho de equipe.<br />
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Já disse anteriormente que a temática desta pesquisa, formação continuada de<br />
professores teve início ainda no programa de mestrado em 1999. Naquela ocasião, meu interesse<br />
recaía principalmente na opinião dos coordenadores, que exerciam a função de formadores dos<br />
professores no programa Parâmetros em Ação, sobre as competências que o referido programa<br />
pretendia desenvolver em seus participantes.<br />
Desse período em diante, a preocupação com a formação de professores passou<br />
a ser bem maior do que aquela que o programa Parâmetros em Ação despertou em mim, pois<br />
passei a olhar essa temática como uma das maiores possibilidades de constituição profissional<br />
dos educadores, portanto, uma significativa fonte de investigação para se chegar às principais<br />
necessidades dos educadores, sua identidade profissional, suas práticas e saberes a serviço do<br />
ensino de qualidade.<br />
A partir disso, as análises, limitações e ressignificações deste programa, numa<br />
dimensão de política pública, passam a ser consideradas.<br />
3. ALGUNS FOCOS <strong>DE</strong> ANÁLISE, INDICANDO RUMOS<br />
É dominante a idéia de que é necessário valorizar as políticas educacionais, no<br />
entanto, não se pode deixar de apontar as contradições, a lógica utilitarista inerente à sua<br />
concepção e execução, destacando suas limitações.<br />
Reconhecemos que o programa de formação continuada Parâmetros em Ação<br />
motivou a discussão sobre formação continuada no âmbito das Secretarias de Educação, uma<br />
vez que, em muitas delas, essa iniciativa estava restrita a cursos esporádicos, sem muita<br />
articulação entre eles, destinados aos professores e coordenadores. No caso da comunidade<br />
docente sul-mato-grossense, o debate sobre formação era pouco freqüente, contribuindo para<br />
que a oferta do programa “Parâmetros em Ação” fosse logo aceita. Essa perspectiva, entretanto<br />
não impediu que realizássemos críticas ao modelo formativo desenvolvido pelo programa.<br />
Por se tratar de uma política pública, portanto, com a preocupação de atingir o<br />
maior número de profissionais, interessados e necessitados de formação continuada docente, o<br />
programa Parâmetros em Ação, como qualquer outro programa nesse âmbito, ignorou a dimensão<br />
mais pessoal do processo formativo. Essa decisão partiu do princípio de que o que fazia sentido<br />
para um professor faria para outros, esquecendo assim que o professor apresenta características<br />
únicas, de enfrentamento e resolução de problemas, exigindo respostas únicas e ao invés de<br />
abrir diferentes frentes e propostas de formação continuada docente, abriu uma única.<br />
Um programa que compõe uma política pública tem um caráter mais coletivo, não<br />
permitindo a realização de ações mais individuais, talvez esteja justamente nessa impossibilidade<br />
uma das limitações de uma ação desenvolvida nacionalmente. Mas, existem modalidades de<br />
formação continuada que levam em conta os aspectos acima citados e que contribuem tanto<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO