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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

do Pólo 3 e não só deste ou daquele município. Este fato reforça a idéia de que a formação<br />

continuada pressupõe um trabalho de equipe.<br />

38<br />

Já disse anteriormente que a temática desta pesquisa, formação continuada de<br />

professores teve início ainda no programa de mestrado em 1999. Naquela ocasião, meu interesse<br />

recaía principalmente na opinião dos coordenadores, que exerciam a função de formadores dos<br />

professores no programa Parâmetros em Ação, sobre as competências que o referido programa<br />

pretendia desenvolver em seus participantes.<br />

Desse período em diante, a preocupação com a formação de professores passou<br />

a ser bem maior do que aquela que o programa Parâmetros em Ação despertou em mim, pois<br />

passei a olhar essa temática como uma das maiores possibilidades de constituição profissional<br />

dos educadores, portanto, uma significativa fonte de investigação para se chegar às principais<br />

necessidades dos educadores, sua identidade profissional, suas práticas e saberes a serviço do<br />

ensino de qualidade.<br />

A partir disso, as análises, limitações e ressignificações deste programa, numa<br />

dimensão de política pública, passam a ser consideradas.<br />

3. ALGUNS FOCOS <strong>DE</strong> ANÁLISE, INDICANDO RUMOS<br />

É dominante a idéia de que é necessário valorizar as políticas educacionais, no<br />

entanto, não se pode deixar de apontar as contradições, a lógica utilitarista inerente à sua<br />

concepção e execução, destacando suas limitações.<br />

Reconhecemos que o programa de formação continuada Parâmetros em Ação<br />

motivou a discussão sobre formação continuada no âmbito das Secretarias de Educação, uma<br />

vez que, em muitas delas, essa iniciativa estava restrita a cursos esporádicos, sem muita<br />

articulação entre eles, destinados aos professores e coordenadores. No caso da comunidade<br />

docente sul-mato-grossense, o debate sobre formação era pouco freqüente, contribuindo para<br />

que a oferta do programa “Parâmetros em Ação” fosse logo aceita. Essa perspectiva, entretanto<br />

não impediu que realizássemos críticas ao modelo formativo desenvolvido pelo programa.<br />

Por se tratar de uma política pública, portanto, com a preocupação de atingir o<br />

maior número de profissionais, interessados e necessitados de formação continuada docente, o<br />

programa Parâmetros em Ação, como qualquer outro programa nesse âmbito, ignorou a dimensão<br />

mais pessoal do processo formativo. Essa decisão partiu do princípio de que o que fazia sentido<br />

para um professor faria para outros, esquecendo assim que o professor apresenta características<br />

únicas, de enfrentamento e resolução de problemas, exigindo respostas únicas e ao invés de<br />

abrir diferentes frentes e propostas de formação continuada docente, abriu uma única.<br />

Um programa que compõe uma política pública tem um caráter mais coletivo, não<br />

permitindo a realização de ações mais individuais, talvez esteja justamente nessa impossibilidade<br />

uma das limitações de uma ação desenvolvida nacionalmente. Mas, existem modalidades de<br />

formação continuada que levam em conta os aspectos acima citados e que contribuem tanto<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

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