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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

lar Costa Brava (CARVALHO, 1988). Professores voluntários deveriam fazer estágios em escolas<br />

de São Paulo que já haviam adotado o sistema.<br />

Apesar de serem planejadas com a intenção de se constituir em centros de<br />

irradiação e orientação para eventual modificação do sistema de ensino, essas experiências<br />

começaram e terminaram sem deixar vestígios. Parece não terem sido estudadas o suficiente e<br />

seus resultados não foram divulgados de modo a possibilitar a crítica e a discussão (CARVALHO,<br />

1988).<br />

Após a implantação da Lei 5692/71, as reprovações e evasão de alunos nas<br />

primeiras séries do primário continuavam ocorrendo e apareceram tentativas de reformas<br />

curriculares, como a criação do Ciclo Básico na década de 1980 em São Paulo, em que não havia<br />

reprovação da 1 a para a 2 a série; mas o problema continuava, pois a reprovação apenas se<br />

postergou para a 4ª série.<br />

A LDB de 1996 trouxe a flexibilidade para os cursos, facilidade no ingresso e na<br />

progressão no sistema, variações na forma de avaliar e de conduzir o processo pedagógico,<br />

mudanças que parecem favorecer a inclusão dos alunos na escola. A Lei dá autonomia aos Estados<br />

e Municípios para organizarem o ensino em Ciclos, de adoção não-obrigatória, e para implantarem<br />

a Progressão Continuada (BRASIL, 1996).<br />

Instituída em São Paulo pela Deliberação CEE nº. 9/97, a Progressão Continuada<br />

prevê o acompanhamento contínuo da aprendizagem, com reforço e recuperação para sanar<br />

dificuldades e defasagens dos alunos. O documento oficial assim salienta sua especificidade:<br />

A progressão continuada implica o acompanhamento contínuo da aprendizagem e<br />

tem no processo de reforço e recuperação um recurso básico para sanar dificuldades e defasagens.<br />

É diferente da promoção automática, que é entendida como mecanismo em que o aluno vai sendo<br />

promovido independentemente de ser submetido a períodos de reforço e recuperação, e de<br />

freqüência mínima de 75%. (São Paulo, 1998).<br />

Assim, conteúdos e objetivos de cada série são mantidos dentro dos Ciclos e da<br />

Progressão Continuada e o aluno deverá avançar com o seu grupo-série até o final de cada Ciclo,<br />

quando deverá ter atingido um patamar de aprendizagem, bem ao modo como propôs Anísio<br />

Teixeira. Se o aluno não atingiu, ao final, os objetivos propostos, deverá ficar retido por um ano,<br />

para reforço das dificuldades de aprendizagem (SÃO PAULO, 1998).<br />

Como se pode notar ao longo desta breve recapitulação, a democratização do<br />

ensino é a preocupação primordial das propostas que buscavam a progressão/promoção<br />

automática na educação brasileira. Uma escola para todos, uma escola inclusiva, à qual todos<br />

tenham acesso e permaneçam aprendendo. Inicialmente significando ampliação do número de<br />

vagas, de transporte aos escolares e tudo o que se referisse ao acesso à escola, a democratização<br />

se volta agora para o acesso ao conhecimento em uma escola “de qualidade”, visando à promoção<br />

de igualdade de oportunidades em uma sociedade que não oferece as mesmas chances a todos.<br />

Mas, como outras mudanças que acompanharam as propostas na gestão de Rose<br />

Neubauer, no governo Mário Covas, a Progressão Continuada foi implantada por força de decretos<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

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