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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

58<br />

De outro lado, a formação prescritiva, ou seja, aquela proposta pelo sistema público<br />

estadual, tem sido alvo de severas críticas, devido à forma como se estrutura e à metodologia<br />

que desenvolve no âmbito escolar. Desconhecendo as diferentes realidades das escolas e a<br />

cultura dos professores, “os pacotes” de Formação continuada, quando não descabidos, propõem<br />

mudanças de paradigmas sem que tenham havido condições para que se processem as leituras,<br />

as discussões e a devida reflexão sobre as possibilidades de alterar a prática e conceber a<br />

docência de forma diferenciada da que se tem praticado.<br />

No estado de Mato Grosso, o movimento de Formação continuada à partir da<br />

escola, isto é, a partir do desejo e da autonomia dos professores, registra uma trajetória significativa<br />

e se torna uma política pública de formação em forma de Centros de Formação e Atualização do<br />

Professor (CEFAPRO), desenvolvendo-se fora da escola, mas procurado pelos professores na<br />

busca da autonomia e atualização em discussões coletivas. Com este registro, respondendo a<br />

uma das indagações sobre a possibilidade de a Formação continuada a partir da escola tornar-<br />

se política pública de formação. Resta, no entanto, questionar sobre a duração e a legitimidade<br />

da proposta e até quando se constitui em desejo ou prescrição, fato este que tratarei no decorrer<br />

do estudo.<br />

Abordarei o P<strong>DE</strong>, como política pública, e o CEFAPRO como locus de execução<br />

das políticas públicas de formação continuada de professores. O P<strong>DE</strong> e CEFAPRO movimentam<br />

as discussões na/a partir da escola. As formas como as políticas se desenvolvem são<br />

diferenciadas, mas têm um ponto comum, partem da indicação dos professores os temas que<br />

desejam estudar, bem como parte deles o desejo para procurar seus pares para as discussões<br />

em reuniões e locais escolhidos.<br />

As políticas de formação continuada em Mato Grosso e vigentes na atualidade,<br />

são desenvolvidas por meio do P<strong>DE</strong> e do CEFAPRO e, portanto, constituem-se em objetos da<br />

presente pesquisa, para as quais destinei um espaço destacado.<br />

Uma política de formação é pública quando<br />

[...] é de domínio público: quando é publicamente estabelecida, isto<br />

é, são explicitadas as análises das diferentes necessidades, os<br />

instrumentos para sua percepção, os critérios para o estabelecimento<br />

de prioridades etc., não apenas explicitados, mas submetidos à<br />

interlocução com os setores diretamente envolvidos com seu campo<br />

de intervenção (COLLARES, 1996, p. 67).<br />

As políticas de formação de professores se originam de inúmeras iniciativas,<br />

podendo ser advindas de ações governamentais e/ou de diferentes esferas do poder público. No<br />

caso do P<strong>DE</strong>, foram propostas subsidiadas e supervisionadas pelo FUN<strong>DE</strong>SCOLA/MEC e<br />

Secretarias Estaduais de Educação, introduzidas inicialmente nos municípios.<br />

expressão da política social.<br />

É oportuno considerar como ponto de partida que a política educacional é uma<br />

Tomar como foco a Formação continuada que tivesse sua origem no desejo de<br />

autonomia dos professores consiste em uma das intenções de condução da presente pesquisa.<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

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