POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Políticas de formação docente<br />
ainda arraigada na visão tradicional. Isso parece indicar que se as tarefas mudam, ou seja, que<br />
em cada inovação o professor, suas competências e seu papel social e cultural também mudam.<br />
Dessa forma, manter a concepção e prática de educação “tradicional” é optar pelo<br />
retrocesso social e cultural. Arroyo (1996) ressalta que o tempo de escola, no Brasil, tende a<br />
constituir-se num tempo cultural e humanizador com vistas a um alargamento da nossa concepção<br />
de educação básica, cuja concepção e prática de educação devem se consolidar desatreladas<br />
da velha concepção utilitária e mercantil.<br />
É nesse contexto político e educacional que a análise da experiência de uma<br />
professora que atua na formação inicial será narrada a seguir, oferecendo suporte prático e reflexivo<br />
para essa discussão.<br />
2. PASSAGENS: A EXPERIÊNCIA COM POLÍTICA <strong>DE</strong> <strong>FORMAÇÃO</strong> CONTINUADA<br />
<strong>DE</strong> PROFESSORES<br />
Dentre as atividades desenvolvidas ao longo de minha carreira profissional, a<br />
participação no programa Parâmetros em Ação possibilitou-me desenvolver reflexões teórico-<br />
metodológicas importantes à minha formação intelectual-profissional. Foi no bojo dessa trajetória<br />
que fiz escolhas que suscitaram meu objeto de pesquisa, tanto no mestrado quanto no doutorado.<br />
Por isso, considero importante, mesmo que resumidamente, falar do programa.<br />
A origem deste programa, segundo explicação da SEF, se deu pelo fato de:<br />
Durante o período compreendido entre 1995 e 1998, a Secretaria de Educação<br />
Fundamental do Ministério da Educação, visando a uma educação de qualidade, que pudesse<br />
assegurar que cada criança ou jovem brasileiro, mesmo em locais com pouca infraestrutura e<br />
condições sócio econômicas desfavoráveis, pudesse ter acesso ao conjunto de conhecimentos<br />
socialmente elaborados e reconhecidos como necessário para o exercício da cidadania, elaborou<br />
uma referência curricular para todo o país que ao mesmo tempo em que busca fortalecer a<br />
unidade nacional e a responsabilidade do governo federal com a educação, assegura também o<br />
respeito à diversidade, que é a marca cultural do país, mediante a possibilidade de adaptações<br />
que integrem as diferentes dimensões da prática educacional. (1999, p. 7)<br />
Durante o processo de discussão das referências curriculares (Parâmetros<br />
Curriculares Nacionais – PCNs) e, também, por meio dos pareceres técnicos enviados à SEF,<br />
constatou-se que muitas seriam as dificuldades para a implementação dos referidos documentos,<br />
considerando o precário nível de formação dos professores em exercício e o elevado número de<br />
professores leigos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país.<br />
A partir deste diagnóstico e das constantes solicitações que a SEF vinha recebendo<br />
para prestar cooperação técnica a estados e municípios, no que se refere à apresentação,<br />
discussão e implementação dos PCNs, e considerando a impossibilidade de atender ao universo<br />
da demanda e os diferentes níveis de responsabilidade e de atuação, a SEF, estrategicamente,<br />
elaborou e disponibilizou a quem se interessasse, os módulos que compunham o programa<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
35