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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

Os pressupostos inconscientes são considerados por esse autor, como sendo o<br />

terceiro nível de aprendizagem cultural. Esses pressupostos determinam como os membros de<br />

um grupo percebem, pensam e sentem. Na medida em que certos valores compartilhados pelo<br />

grupo conduzem a determinados comportamentos e esses se mostram adequados para solucionar<br />

problemas, o valor é gradualmente transformado, tornando-se cada vez mais taken for granted,<br />

passando para o nível do inconsciente.<br />

Ampliando o estudo da cultura organizacional, Charles Handy in Freitas (1991),<br />

propõe a seguinte categorização: cultura do poder, de papéis, da tarefa e da pessoa.<br />

Para ele, a cultura do poder é freqüentemente encontrada em pequenas<br />

organizações empresariais e tem sua estrutura mais bem representada por uma teia, com poder<br />

concentrado no ponto central. Nas organizações desse tipo, trabalha-se por precedentes, prevendo-<br />

se os desejos e decisões das fontes centrais de poder. Existem poucas regras e procedimentos,<br />

sendo o controle exercido pelo centro. As decisões são tomadas, em grande parte, com base no<br />

resultado de um equilíbrio de influência e não com base em razões processuais ou puramente<br />

lógicas. São, em geral, orgulhosas e fortes, tendo uma capacidade de se deslocarem rapidamente<br />

para reagir a ameaças e perigos.<br />

Já a cultura de papéis é, com freqüência, estereotipada como burocracia – trabalha<br />

pela lógica e pela racionalidade. Pode ser representada por um templo grego, tendo pilares (funções<br />

ou especialidades) fortes, coordenados por uma estreita faixa de alta administração. O trabalho<br />

dos pilares e a interação entre eles são controlados por procedimentos para papéis (descrição de<br />

tarefas, definição de autoridade), para comunicação e regras para a solução de disputas. Aqui o<br />

papel exercido ou a descrição do trabalho tem mais importância do que o indivíduo que o<br />

desempenha. A posição de poder é a principal fonte do mesmo. O poder pessoal é desdenhado e<br />

o dos peritos é tolerado apenas em seu lugar adequado. Culturas desse tipo são bem-sucedidas<br />

em ambientes estáveis ou quando a organização pode controlar o ambiente, como nos casos de<br />

monopólios ou oligopólios. São culturas lentas, tanto em perceber a necessidade de mudança<br />

quanto em efetuá-las.<br />

A cultura da tarefa, como o próprio nome sugere, é orientada para o trabalho ou o<br />

projeto, cuja representação mais apropriada seria uma rede, tendo algumas malhas mais fortes<br />

que outras. Toda ênfase dessa cultura reside em se fazer o trabalho ser executado, a partir da<br />

reunião dos recursos apropriados, das pessoas certas nos níveis certos, com autonomia. A<br />

influência se baseia mais no poder do perito que no poder pessoal ou no derivado da posição. É,<br />

em geral, uma cultura na qual o trabalho em equipe é bastante estimulado. Trata-se de uma<br />

cultura extremamente adaptável, sendo que as equipes de projetos ou grupos-tarefa são montados<br />

para resolver problemas específicos, podendo ser reformulados ou dissolvidos após a conclusão<br />

dos trabalhos que lhes originaram. São adequadas onde a flexibilidade e a sensibilidade em relação<br />

ao mercado ou ambiente sejam essenciais, bem como a rapidez de reação e a criatividade sejam<br />

exigidas.<br />

Segundo Handy in Freitas (1991), a família moderna apresenta a tendência a passar<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

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