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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

Reconsiderando o ponto de partida que fundamentou o trabalho: a questão proposta<br />

inicialmente para ser respondida – Como os professores vislumbram e compreendem a mudança<br />

de paradigma acerca de sua formação contínua, hoje focada no ambiente externo à escola por<br />

uma formação em serviço dentro da unidade escolar? – a resposta refletiu-se nas falas, olhares,<br />

posturas docentes...<br />

Se considerar vislumbrar, num primeiro significado 7 , “conhecer imperfeitamente;<br />

conjeturar” ou, num segundo significado “começar a surgir ou a aparecer; deixar-se entrever”,<br />

pude constatar que, nesta unidade escolar pesquisada não há vislumbramento deste tipo de<br />

formação proposta.<br />

Tal fato pôde ser verificado primeiramente, através da constatação de que 71%<br />

dos professores participantes do grupo focal não conseguem conceber esta proposta em sua<br />

constituição estrutural porque nunca tiveram contato com este tipo de formação nem conseguem<br />

“conjeturar” (supor; presumir; prever 8 ) seu delineamento e funcionamento. Em segundo lugar<br />

porque os 29% restantes, apesar de acreditarem que este tipo de formação realmente é a que<br />

pode dar respaldo pedagógico efetivo para a equipe, não conseguem concebê-lo organizado e<br />

instituído pela equipe gestora da escola e muito menos pela equipe de apoio regional – o coletivo<br />

da <strong>DE</strong> (aliás, os vê como obstáculos).<br />

Ainda não entendem, esses últimos professores, esta formação como coletiva,<br />

possibilitadora da construção do coletivo razoavelmente harmônico e intencional com<br />

especificidades e intencionalidades educativas definidas pela equipe na construção coletiva de<br />

um Projeto Político Pedagógico real.<br />

No grupo docente participante da pesquisa, portanto, não há “vislumbramento” do<br />

tipo de formação aqui defendida como possibilidade real de efetivação. Se não há vislumbramento,<br />

não há também “compreensão” de uma mudança de paradigmas – questiono-me, inclusive, se<br />

há consciência do paradigma ora instituído!<br />

Tal falta de compreensão, entretanto, não se dá em razão da falta de conhecimento<br />

ou de vontade do professor. Em primeiro lugar porque a questão da Formação Contínua é recente.<br />

Quando da Formação Inicial dos professores ora ativamente trabalhando, a cultura disseminada<br />

era a de que no Curso Superior adquirir-se-ia todo o conhecimento necessário para lecionar.<br />

“Formava-se” para “dar aulas” com o que era adquirido na Formação Inicial.<br />

Dessa forma, primeiramente é necessário que os professores habituem-se a esta<br />

nova concepção de formação – a permanente – e, somente depois, ainda, é que haverá a<br />

possibilidade de imbuírem-se desse paradigma de Formação Contínua em serviço dentro do<br />

ambiente escolar.<br />

Nesse sentido, volto a ressaltar, cabe fundamentalmente à Academia/Universidade<br />

- que conscientemente vislumbra e compreende a necessidade desta mudança de paradigma -<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

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