POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
encaminhamento necessário. A resposta para isso, os sujeitos da pesquisa evidenciarão no<br />
decorrer do trabalho.<br />
O P<strong>DE</strong> busca combater os altos índices de reprovação e evasão escolar, além de<br />
auxiliar a escola a se organizar de maneira eficiente.<br />
Em 1998 o P<strong>DE</strong> foi implantado em 40 escolas do estado de Mato Grosso como<br />
projeto piloto. Já no ano seguinte foi estendido às demais escolas da rede pública de ensino,<br />
recebendo nos dois primeiros anos recursos diretamente do Governo Federal. A partir do ano<br />
2000, o Estado de Mato Grosso, através da SEDUC, assumiu os repasses financeiros.<br />
A pesquisa, aponta para a necessidade de definição de uma política estadual de<br />
formação continuada dos profissionais da educação em exercício que seja duradoura e articulada<br />
ao plano de carreira, para fortalecer a autonomia da escola e discutir seus reais problemas na<br />
perspectiva de sua emancipação. Duradoura no sentido de não consistir em cursinhos estanques<br />
de formação, e sim em um processo contínuo de discussões que se complementam e dão<br />
consistência aos temas discutidos com/pelos professores.<br />
A formação continuada, desenvolvida dessa forma e garantida na carga horária<br />
do professor, permitindo-lhe decidir, optar, dar direção e continuidade às discussões sobre a<br />
complexidade da profissão, estimula a socialização de práticas, a inovação curricular, além de<br />
fortalecer iniciativas metodológicas e dar direção ao projeto político pedagógico da escola.<br />
Muitos professores, para investirem na sua formação, enfrentam desgaste físico e<br />
emocional, uma vez que, em muitas escolas, a formação continuada significa para os gestores<br />
um investimento pessoal na carreira, para adquirir pontuação. Diante de tal concepção dos<br />
gestores, os docentes procuram se aprimorar nos finais de semana, após a jornada de trabalho.<br />
Alguns o fazem pela necessidade que sentem de investir na sua formação, no entanto a grande<br />
maioria busca a formação por meio de cursinhos, não se preocupando com a qualidade e o teor<br />
das discussões neles contidos, tomando vulto a soma dos pontos conseguidos nos certificados<br />
que se constituem em requisitos para a lotação no ano seguinte.<br />
Assim sendo, amarrar a formação continuada ao projeto político pedagógico da<br />
escola e ao plano de carreira seria interessante para o crescimento do professor, da escola e do<br />
magistério estadual como um todo.<br />
Nesse sentido, na ausência de uma política de formação continuada para o<br />
magistério estadual de Mato Grosso, delega-se a projetos temporários a incumbência de discutir<br />
os dilemas dos professores com a profissão e com as relações ensino-aprendizagem, os quais<br />
não se preocupam com a origem, natureza e especificidade da formação oferecida.<br />
A pesquisa que ora apresento, buscou discutir justamente quais têm sido as<br />
contribuições do modelo de formação continuada instituído pelo Estado para as escolas, centrando<br />
o foco nas políticas de formação implantadas na e a partir da escola, no sentido de levantar os<br />
espaços onde elas têm se desenvolvido, como os professores as concebem, a forma como se<br />
desenvolvem e em que elas contribuem para ressignificar as práticas dos professores.<br />
Pude perceber que as políticas, vigorando no Estado há mais de 5 anos,<br />
apresentaram-se com pontos de fragilidade que são preocupantes.<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
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