POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Políticas de formação docente<br />
dar sua contribuição à rede de pessoas e instituições que acredita no papel fundamental do<br />
professor na educação contemporânea.<br />
Consideramos importante, inicialmente, explicitar nossa consonância com Miguel<br />
Zabalza (1990a. apud GARCÍA, 1999) que salienta estar, o processo de formação docente,<br />
profundamente ligado a um discurso axiológico referente a finalidades, metas e valores e que<br />
mantém, segundo González Soto (1989, p. 83 apud GARCÍA, 1999, p. 19) uma estreita relação<br />
“com o ideológico-cultural, como espaço que define o sentido geral dessa formação como<br />
processo”. Dessa forma, julgamos imprescindível iniciar nossas reflexões trazendo a concepção<br />
de formação de Debesse (1982, p. 29-30 apud GARCÍA, 1999, p. 19-20), para quem tal processo<br />
pode ocorrer de várias formas: a partir das necessidades individuais docentes – autoformação<br />
(“o indivíduo participa de forma independente e tendo sob o seu próprio controlo os objectivos, os<br />
processos, os instrumentos e os resultados da própria formação”); a partir de necessidades<br />
determinadas por outros - heteroformação (“formação que se organiza e desenvolve a partir de<br />
fora, por especialistas, sem que seja comprometida a personalidade do sujeito que participa”) e a<br />
partir das necessidades de uma equipe - interformação (“a acção educativa que ocorre entre os<br />
futuros professores ou entre professores em fase de actualização de conhecimento (...) e que<br />
existe como um apoio privilegiado no trabalho da ‘equipa pedagógica’, tal como hoje é concebido<br />
para a formação do amanhã”).<br />
É importante observar, nesta distinção, que apesar da essencialidade da autonomia<br />
na formação (o professor ter consciência de ser o responsável último por seu processo de<br />
formação), esta não se realiza unicamente de forma autônoma, é imprescindível o envolvimento<br />
responsável da unidade e do sistema escolar – a mediação da construção do Projeto Político-<br />
Pedagógico da escola é a mola propulsora da construção do coletivo dos educadores, um coletivo<br />
que, ao mesmo tempo em que respeita o individual, vai mais além -, uma vez que consideramos<br />
[...]a formação de professores como a preparação e emancipação<br />
profissional do docente para realizar crítica, reflexiva e eficazmente<br />
um estilo de ensino que promova uma aprendizagem significativa nos<br />
alunos e consiga um pensamento-acção inovador, trabalhando em<br />
equipa com os colegas para desenvolver um projecto educativo comum<br />
(MEDINA E DOMINGUES, 1989 apud GARCÍA, 1999, p. 23)<br />
Nesta perspectiva, considerando que os três caminhos do processo formativo não<br />
se excluem (se completam), não há como não salientar seu caráter de evolução – num processo<br />
sistemático, organizado e contínuo, que se refere tanto aos indivíduos em sua formação inicial<br />
quanto àqueles que já se encontram em atividade, – e de extrapolação – não acaba nos professores:<br />
“Ainda que seja óbvio afirmá-lo, a qualidade de ensino que os alunos recebem é o critério último<br />
- freqüentemente inescrutável – para avaliar a qualidade da formação na qual os professores se<br />
implicaram”. (JOYCE E SHOWERS, 1988 apud GARCÍA, 1999, p. 27)<br />
Pimenta (2002, p. 31) vai além da reflexividade crítica salientada por Zeichner (1993)<br />
quando apresenta a questão de formação de professores reflexivos como “um projeto humano<br />
emancipatório”.<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
3