POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
com que a proposta para o Documento de Diretrizes criado pela Comissão de Especialistas de<br />
Pedagogia, instituída para elaborar as diretrizes do curso, e encaminhada ao SESU/MEC em<br />
maio de 1999, desencadeasse, segundo Aguiar (2006), amplo processo de discussão, em nível<br />
nacional, ouvindo as coordenações de curso e as entidades - ANFOPE, Fórum Nacional de<br />
Diretores de Faculdades e os Centros de Educação das Universidades Públicas (FORUMDIR),<br />
Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE), Associação Nacional<br />
de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), Centro de Estudos Educação e Sociedade<br />
(CE<strong>DE</strong>S) e Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe). Diante das pressões e<br />
resistências o documento foi encaminhado ao CNE, onde permaneceu ao longo de quase oito<br />
anos “aguardando a definição e regulamentação de outros pontos ainda polêmicos com relação<br />
à formação, como o próprio Curso Normal Superior, que até o momento não possuía suas próprias<br />
diretrizes.” (AGUIAR, 2006, p.825).<br />
Após aprovação das Diretrizes para Formação de Professores em 2002, o CNE<br />
compõe uma Comissão Bicameral para definir as Diretrizes para o curso de Pedagogia e em<br />
2005 é divulgado o Projeto de Minuta numa nova tentativa de definição das diretrizes para os<br />
cursos de Pedagogia. A partir de então um amplo debate estendeu-se pelo país atingindo todo o<br />
campo educacional, na qual as diferentes perspectivas se manifestaram contra mais uma redução<br />
do curso, desta vez à licenciatura:<br />
Art.2º - O curso de Pedagogia destina-se precipuamente à formação<br />
de docentes para educação básica, habilitando para: a- Licenciatura<br />
em Pedagogia – Magistério da Educação Infantil; b- Licenciatura em<br />
Pedagogia – Magistério dos anos iniciais do Ensino Fundamental<br />
(BRASIL, 2005a)<br />
Desta forma, o ano de 2005 foi marcado por grande disputa entre as forças<br />
intelectuais da área, acompanhada da divulgação de diversos pareceres pelo CNE, que aos<br />
poucos foi incorporando as reivindicações e pressões feitas pelos diferentes grupos.<br />
Entretanto, as discussões realizadas nos encontros e fóruns nacionais neste<br />
período denunciavam outro problema, que era a participação restrita e privilegiada de alguns<br />
grupos ligados ao CNE/MEC na construção da DCN’s. Neste palco, os grupos menos favorecidos,<br />
no que diz respeito à consideração de suas propostas na constituição do documento de diretrizes,<br />
estão o Movimento Estudantil de Pedagogia (MEPe), organizado por entidades representativas<br />
tais como a ExNEPe (Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia) e pelas executivas<br />
estaduais e Distrital, praticamente excluídos do processo, bem como os assinantes do Manifesto<br />
dos Educadores Brasileiros.<br />
O MEPe acampou uma luta intensa em 2005 contra os pareceres do CNE/MEC,<br />
bem como pela participação de todos os envolvidos neste processo, na qual defendiam num<br />
primeiro momento que as discussões em torno do curso de Pedagogia voltasse para as<br />
Universidades, possibilitando que professores, estudantes e demais profissionais da Educação<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
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