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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

reformulação arrastaram-se há aproximadamente duas décadas. O que fez acelerar as decisões<br />

sobre o tema foi a desconsideração total, no âmbito da LDB/96, dos estudos e discussões<br />

realizados pelas instituições representativas dos educadores, que se viram responsáveis por<br />

uma tarefa tripla: repudiar o curso Normal Superior, defender os princípios elaborados pelas<br />

associações educacionais e o desafio de apresentar uma proposta de formação docente exeqüível,<br />

convincente e em conformidade com a LDB/96.<br />

Diagnósticos há muito apontavam que a carga teórica excessiva do curso de<br />

Pedagogia não satisfazia as necessidades de formação dos professores e foi exatamente esta<br />

falha a usada na justificativa da proposição do curso Normal Superior, sendo a ele atribuído maior<br />

articulação entre teoria e prática, buscando a coerência entre a formação oferecida e o perfil<br />

profissional esperado frente às mudanças.<br />

No início do estudo não era previsto o grau de complexidade da pesquisa. O desafio<br />

principal foi organizar as trajetórias polêmicas dos cursos de Pedagogia, que desde sua criação<br />

(1939) fora conturbado, e a trajetória do curso Normal Superior, que embora fora proposto pela<br />

LDB/96, não foi imediatamente regulamentado.<br />

A leitura de autores em defesa do curso de Pedagogia ou do curso Normal Superior<br />

para a formação docente também se constituiu em uma etapa complexa do estudo já que seus<br />

posicionamentos deixavam claras as opções teóricas. Para Libâneo (2001, p.120) “a base de<br />

identidade do educador é a ação pedagógica” enquanto no Parecer CNE/CP nº 5/2005 (p.7), a<br />

formação do educador embora esteja fundamentada no trabalho pedagógico tem a docência como<br />

base. Não era a nossa intenção aprofundar o estudo das teorias da formação docente, apenas<br />

situá-las no contexto de formação do educador já que esses princípios permeavam as discussões<br />

acerca da política de formação do educador.<br />

Ficou evidente no estudo que entre o curso Normal Superior e Pedagogia não havia<br />

apenas uma disputa na formação de um determinado profissional - os professores para os anos<br />

iniciais de escolarização - fatores políticos, econômicos e sociais compunham os bastidores e<br />

influenciavam na sobreposição de um curso ao outro, uma vez que esta questão estava inserida<br />

em um contexto de mudanças políticas na formação docente, e conseqüentemente estavam<br />

imbricadas na política de reestruturação do Estado.<br />

PROCEDIMENTOS<br />

Comparamos os cursos de Pedagogia e Normal Superior a partir do projeto político-<br />

pedagógico de duas instituições - pública e privada: uma que oferece o curso de Pedagogia e<br />

outra instituição que oferece o Normal Superior e da legislação que os regulamenta - Parecer<br />

CNE/CP nº 115/99 e a Resolução CNE/CP nº 1/99, os Decretos nº 3.276/99 e 3.556/00 incluídos<br />

na deliberação dos cursos de licenciatura e os Pareceres CNE/CES nº 970/99 e CES nº 133/01<br />

que contêm orientações específicas à formação docente para a educação infantil e os anos iniciais<br />

do ensino fundamental, Parecer CNE/CP nº 9/2001 contendo as Diretrizes Curriculares Nacionais<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

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