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POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

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Políticas de formação docente<br />

146<br />

Esses dados remetem a identificação do primeiro nível de aprendizagem cultural<br />

proposto por Schein: o dos artefatos visíveis percebidos no ambiente construído da escola.<br />

A cultura de papéis e a cultura de tarefas, propostas por Handy, são claramente<br />

evidenciadas na análise da competência técnica. A ação do gestor baseia-se no papel exercido ou<br />

é orientada para o trabalho ou projeto.<br />

Na análise do trabalho do gestor como agente de mudanças e transformação so-<br />

cial na região em que atua, evidenciou-se uma participação de co-gestão; respeito para com a<br />

comunidade interna e externa; dinamismo; flexibilidade e transparência; comunicação;<br />

desenvolvimento de projetos e trabalho em parceria e finalmente valorização dos docentes,<br />

funcionários e da escola.<br />

De um modo geral podemos verificar pelas porcentagens significativas de respostas<br />

comuns que há um consenso no que se refere às competências: conceitual, humana e técnica, o<br />

que Bourdieu descreve como relações de cumplicidade e comunhão, estabelecidas no grupo, que<br />

promovem a sua unidade.<br />

Tais relações demonstram semelhanças tanto de percepção quanto de pensamento<br />

e ação do grupo, traduzindo num código de comunicação, verbalizado ou não, mas que, em última<br />

análise, reflete as representações construídas nas e pelas relações estabelecidas entre os<br />

membros desse grupo.<br />

O consenso, aqui destacado, se manifesta, por exemplo, no projeto pedagógico de<br />

cada unidade escolar, pois participar de tal projeto, para a maioria dos gestores, fortalece seu<br />

comprometimento com a comunidade interna e externa, como também destas para com eles.<br />

Esta aparente unidade revelada pelo consenso nos leva a entender que predomina<br />

o mesmo tipo de aprendizagem interiorizada (Representações) e que serve de princípio de seleção<br />

às aquisições posteriores de novos esquemas de ações.<br />

Subjacente a um consenso de temas privilegiados existem outros esporadicamente<br />

manifestados e que segundo Bourdieu possibilita as transformações culturais dentro da escola.<br />

4 CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

Cabe à escola, pela sua função e objetivo de existência, a modificação da própria<br />

cultura que ela transmite, bem como de todos aqueles que dela fazem parte.<br />

Partindo da premissa que cada escola pública possui uma especificidade que<br />

constitui sua cultura traduzida em diversas manifestações simbólicas tais como: linguagem,<br />

metáforas mitos, rituais, valores e um conjunto de pressupostos tomados como verdadeiros,<br />

invisíveis e interiorizados nos indivíduos, entendemos que o fazer escolar de cada escola se<br />

configura na relação dinâmica entre o gestor e as comunidades interna e externa.<br />

As escolas bem sucedidas, conforme pontua Costa (2003) 1 , são aquelas em que<br />

predomina uma cultura entre os seus membros, isto é, uma cultura compartilhada.<br />

A Gestão compartilhada implica compreensão das várias dimensões da cultura<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

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