POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Políticas de formação docente<br />
quando escrevemos o Memorial que nossa experiência foi relatada e aproveitada” (Prof. 15).<br />
“Sabe, acho que a nossa experiência foi pouco valorizada. Só no Memorial pude expandir; nas<br />
aulas são poucos os professores que querem nos ouvir e saber o que sabemos” (Prof. 14).<br />
6ª Categoria – A Prática do Estágio<br />
“A princípio achei que este estágio não iria me acrescentar nada. Depois achei<br />
legal, pois o projeto de intervenção é bom e bem discutido” (Prof. 1). “O estágio abre muito o<br />
leque. Foi importante entrar em contato com outras realidades” (Prof. 3). “É importante ver o que<br />
outras professoras fazem, para nos auto-avaliarmos” (Prof. 6). “Você vê as dificuldades das<br />
outras escolas, dos outros professores e aprendem muito. Você se coloca no lugar da outra<br />
professora, no lugar da aluna e olha aquilo com estranheza e pensa: nó, eu faço isso? Você<br />
critica muita coisa que depois, você se pega fazendo” (Prof. 7). “Achei bom, são novas experiências,<br />
alunos diferentes e a gente aprende muito” (Prof. 8). “Com o estágio eu achei que a prática, a<br />
experiência que não tivemos do curso, diminuiu um pouco” (Prof. 13). “No estágio sim, tivemos a<br />
oportunidade de trabalhar com a Educação Infantil e a professora de estágio é a melhor do curso”<br />
(...). O estágio foi bom, mas pouco, a gente só vai na quinta-feira. Por isso, não dá para a gente<br />
crescer mais, aprender mais” (Prof. 14).<br />
7ª Categoria – Trabalho Docente e Profissionalização<br />
“O trabalho dos docentes da Educação Infantil é imenso. A responsabilidade é<br />
imensa, o extra-classe é enorme. Mas nós somos pouco valorizados e ganhamos mal. O próprio<br />
Governo, a prefeitura, o estado não nos consideram e acham que nosso trabalho é inferior e<br />
qualquer salário tá bom” (Prof. 10). “Acho que continuo na Educação Infantil porque gosto, tenho<br />
vocação, mas compensar não compensa. A gente tem trabalho e responsabilidade demais e<br />
ainda tem que “agüentar” as mães e ganhar pouco” (...) “Já viu os concursos, até o da prefeitura,<br />
os professores estão condenados a ganhar menos. Não sei quando, neste país, vão reconhecer<br />
que a Educação Infantil é a base de tudo” (Prof. 4). “Acho que a Educação Infantil é uma cachaça.<br />
A gente se envolve muito com as crianças e gosta do que faz. Mas precisamos lutar, de reivindicar<br />
mais, nos darmos mais valor, nos qualificar e exigir melhores condições salariais” (Prof. 13).<br />
“Tem colega aqui, aliás, quase todas que são alienadas. Eu procuro participar do sindicato, saber<br />
do que está ocorrendo, participando de encontros, greves. Acho que as meninas são muito<br />
passivas e aceitam e acham natural a discriminação, os salários baixos. Mais de 98% de docentes<br />
da Educação Infantil são mulheres, é a tal da feminização do magistério que leva a proletarização,<br />
a salários baixíssimos. É preciso reagir” (Prof. 1).<br />
CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
A pesquisa constatou que a Educação Infantil, apesar de certas conquistas, continua<br />
convivendo com problemas históricos: precariedade de verbas; descaso para com a formação/<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
85