POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp
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Políticas de formação docente<br />
alunos de bacharelado que faziam a complementação pedagógica e por alunos que ingressaram<br />
diretamente nos cursos de licenciatura através de Vestibular.<br />
A UFRJ, em 2003, instituiu a Comissão Permanente de Licenciaturas – CPL que é<br />
uma comissão de assessoramento ao Centro de Estudos de Graduação (CEG), constituída por<br />
representantes dos Centros que possuem cursos de licenciatura (CCS; CCMN; CFCH; CLA),<br />
sendo que o presidente da CPL é indicado pelo Pró-Reitor de graduação que é também presidente<br />
do CEG. A CPL conta ainda com representantes do Colégio de Aplicação 4 da UFRJ e da FE A CPL<br />
tem por finalidade propor diretrizes didático-pedagógicas para a sua realização; coordenar a sua<br />
realização; e oferecer assessoramento ao Centro de Estudos Gerais para as decisões referentes<br />
a eles. Desde que foi instituída, a CPL ainda não apresentou uma atuação constante. O intercâmbio<br />
entre a FE os centros e os cursos depende da disponibilidade de seus interlocutores, isto é,<br />
coordenadores de cursos, membros dos Centros que participam da CPL e FE.<br />
A necessidade de se pensar em uma proposta unificadora para as licenciaturas<br />
da UFRJ, onde cada curso tenha seu projeto pedagógico próprio, adequado às suas realidades e<br />
contextos, encontra resistências por parte de cursos que se enraizaram como bacharelado e<br />
continuam acreditando que a licenciatura é somente um apêndice da formação do aluno. A quebra<br />
dessa resistência precisará passar por uma reforma não só curricular ou legal, mas de uma<br />
reforma de pensamento dos formadores de professores, dos coordenadores e diretores de<br />
graduação desses cursos. Esse caminho poderá ser trilhado a partir de lideranças junto a essas<br />
unidades e ainda através de argumentos capazes de persuadir os interlocutores da FE da<br />
necessidade de se entender a docência como uma profissão com saberes específicos. Passa<br />
ainda pelo entendimento de que os conteúdos disciplinares são fundamentais para que se forme<br />
um bom professor, mas que a universidade não será capaz de ensinar todo o conteúdo de história,<br />
geografia, matemática, química ou biologia a seus graduandos. E que a FE, através das disciplinas<br />
pedagógicas, irá ensinar os alunos a investigar quais autores trabalham com esses conteúdos e<br />
quais os conhecimentos confiáveis sobre esse tema. Ensinar o aluno a aprender, a investigar e,<br />
a partir da pesquisa sobre o conteúdo, preparar seu plano de disciplina, plano de aula e sua<br />
metodologia de trabalho.<br />
A PESQUISA REALIZADA<br />
A pesquisa de campo iniciou com a aplicação de 126 questionários junto aos alunos<br />
de doze cursos de licenciatura da UFRJ no período de 10 de novembro a 6 de dezembro de 2005,<br />
nos campi da Praia Vermelha (manhã e noite) e Fundão (noite). Dentre os respondentes, 59 eram<br />
do sexo masculino e 67 do sexo feminino. Em relação às idades dos respondentes encontramos<br />
uma escala bem diversa, onde o mais jovem tinha 19 anos e o mais velho 42 anos. A concentração<br />
de alunos entre 21 e 22 anos é bem expressiva. Fechando essa parte inicial do questionário a<br />
respeito das diferentes formações dos respondentes, encontramos doze diferentes cursos nas<br />
turmas que participaram do estudo. Letras foi o curso com maior número de alunos (38), sendo<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
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