12.04.2013 Views

POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Políticas de formação docente<br />

134<br />

C – A temperatura!<br />

P – Vamos supor que a água vai (...) no congelador. O que acontece?<br />

A – Ele morre!<br />

P – Não! Eles [os microrganismos] formam um tipo de uma casquinha que cobre e<br />

protege. A gente põe o gelo na água e engole os microrganismos. Ele entra e procura um lugar<br />

quentinho para ficar no corpo.<br />

A – O gelo tem bastante furinho. Aquilo é bactéria?<br />

P – Não, não dá para enxergar a olho nu.<br />

5 a série –prof a Marli [Inicia a aula expositiva]<br />

P – Presta atenção: “Os corpos do universo” [lê na lousa]. O que são eles?<br />

A – Não sei.<br />

P – São astros...<br />

A – ... da TV!<br />

P - São estrelas (...) então ela [a luz] se chama “ondas eletromagnéticas” e ela<br />

precisa do quê? Ela se propaga e não precisa do meio material para percorrer. Vocês sabem qual<br />

é a velocidade da luz [está escrito na lousa]?<br />

A – 300 mil quilômetros por segundo [correto, está na lousa].<br />

P – Qual a velocidade do carro na rua?<br />

C – 60! 70! 80!<br />

P – Em média, 60. A luz é... muito?<br />

C – É! Não é! Pro meu pai não [ele corre]! (...)<br />

Entendemos que existem elementos construtivistas na prática de todos os docentes<br />

observados, os quais, sem dúvida, estavam mais presentes nas aulas da professora Leila. Identificar<br />

o Construtivismo na prática não envolve observar a diversificação das tarefas escolares, mas sim<br />

identificar uma prática que dê mais ênfase à atividade da criança, ao professor como orientador, à<br />

elaboração de conhecimentos pelo aluno sem “dar tudo pronto”.<br />

ELEMENTOS CONSTRUTIVISTAS NA PRÁTICA <strong>DOCENTE</strong><br />

As aulas, à primeira vista, pareciam coerentes com o que se conhece como ensino<br />

tradicional: professor falando, alunos enfileirados, ouvindo, atentamente ou não. O Construtivismo<br />

não pode ser identificado na aparência da escola, sem uma vivência do cotidiano escolar.<br />

Os estudos construtivistas estão longe de ditar o que ocorre na sala de aula. Brooks<br />

e Brooks (1997) se dirigem aos professores e elaboram um quadro comparativo do que entendem<br />

como classes tradicionais e classes construtivistas: as construtivistas são classes em que as<br />

perguntas dos alunos são valorizadas, o professor utiliza o ponto de vista deles para ensinar;<br />

trabalha-se em grupo; a ênfase é nos grandes conceitos; as atividades envolvem manipulação e<br />

contato com fontes primárias de dados. Imaginamos, em Ciências, que as fontes primárias de<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE <strong>FORMAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!