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Métodos Projetivos e Avaliação Psicológica - BVS Psicologia ...

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171assinalando uma característica que denota o não reconhecimento social – o que podecoadunar‐se com a significativa rejeição do radicais Z por Alexandre.Pode‐se observar, então, que os personagens são apresentados de formapolarizada; João das Couve é um personagem com recursos e enfrenta seus problemasempreendendo um grande esforço para solucioná‐los (sendo representado por quatrodas cinco fotos preferidas do adolescente); porém, mostra‐se vulnerável frente aosinvestimentos negativos do açougueiro. Este personagem, por sua vez, relaciona‐se aoradical K (o principal na estrutura de inclinação de Alexandre), representando aagressividade e os impulsos destrutivos.Assim, o manejo do conflito profissional mostra‐se permeado por essaambivalência, sendo representado por situações extremadas. O protagonista João dasCouve viaja uma longa distância e assume diversas atividades ocupacionais a fim desolucionar seus problemas, porém o ego mostra‐se fragilizado – e seus esforçossucumbem ao boicote inusitado do açougueiro.Os personagens parecem representar fantasias de onipotência, tanto emrelação aos recursos internos quanto aos impulsos destrutivos de Alexandre. Destamaneira, a polarização das atitudes dos personagens parece refletir a organizaçãodefensiva utilizada para lidar com a ansiedade frente à situação de conflito,consistindo em mecanismos de projeção do instinto de morte e introjeção dos objetosbons – característicos da posição esquizo‐paranóide (Segal, 1975).O desfecho da história constitui‐se no fracasso de João das Couve, que éimpossibilitado de se estabelecer em sua atividade ocupacional. Dessa maneira,aponta‐se para o perigo de morte do personagem – que se depara com o problema de“como sobreviver”, denotando relacionar‐se com o conflito suscitado pela nãointegração de diversas identificações, necessária à formação da identidadeocupacional (Bohoslavsky, 1991). De acordo com o referido autor (1991), asidentificações do adolescente têm um caráter defensivo, pois surgem do conflito deopções, da relação com novos objetos e da percepção de suas próprias limitações.Frente à frustração da não onipotência de suas possibilidades de reparação(Bohoslavsky, 1991), emergem fantasias relacionadas aos objetos abandonados, bemcomo de suas conseqüências. Estas parecem expressar‐se fortemente no desfecho danarrativa produzida por Alexandre, cujo protagonista encontra‐se diante de uma

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