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Métodos Projetivos e Avaliação Psicológica - BVS Psicologia ...

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502agressão, podem aparecer no TAT de modo não aberto, porque existem proibições econflitos internos que impedem a satisfação manifesta das referidas fantasias,impedindo, assim, sua expressão.Entretanto, na família dos presos, um fato peculiar foi observado. Embora apresença de hostilidade tenha sido menos que a família dos não presos, a família depresos expressaram mais abertamente sua hostilidade, ou seja, de modo “físicomanifesto” individualmente ou em grupo (físico manifesto total); emitiramverbalizações, tais como: “bater”, “matar”, “casal assaltando” e a “solução é a morte”.Winter, Ferreira & Olson (1965) sustentam que as famílias “anormais” de seuestudo apresentaram motivações básicas anormais e as diferenças encontradas entreas famílias normais e anormais podem estar ligadas a modos adquiridos de reagir eadir destes últimos. É possível ainda especular que nas famílias estudadas, taisprocessos motivacionais e reatividade negativa foram encontrados com frequência.Bandura & Walters (1963) observaram que a aprendizagem social é muitosignificante, revelando que o modelo parental nessas famílias é hostil nas relaçõesafetivas, principalmente a mãe. Retomando Spitz (1960), a “atitude afetiva” requeridae vivenciada pelas famílias estudadas não foi encontrada. Nos protocolos de ambas asfamílias, observou‐se que as interações mãe‐filho eram marcadas por hostilidade, sejana forma latente ou manifesta, seja na relação ou na projeção ou pela incapacidade damãe “nutrir” o filho. Na família de não presos, observou‐se algumas expressõespróprias, a saber: “falta aconchego familiar”, “criança abandonada”, “falta entrosar” e“não conseguiu alimento”. Na família dos presos, registrou‐se as seguintes expressões:“tá desprezado”, “tá desconsolado”, “sem carinho de mãe”.Vale ressaltar que, conforme as características das famílias estudadas –provenientes de meio desfavorecido – observa‐se com grande frequência que ainteração familiar se faz no nível do concreto: aqui e agora. O confronto diário da lutapela sobrevivência e a satisfação de necessidade básica e primária compromete asoutras relações, evidenciadas pelas expressões: “manter os filhos”, “mora em lugarretirado”, “busca o sustento do filho” (família de não preso).Bernstein (1962) caracterizou as classes baixas como portadora de um “códigorestrito”, onde existe um conteúdo concreto, descritivo e narrativo que enfatiza aimediaticidade da relação pela redução de planejamento verbal, pela transmissão de

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