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07 – Santo Agostinho - Charlezine

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Por isso declara São Paulo logo a seguir: "Não digo isto porque alguma coisa me<br />

falte, pois, nas circunstâncias em que me acho, aprendi a contentar-me. Sei passar<br />

privações e sei viver na abundância. Em tudo e por tudo tenho sido ensinado a tolerar a<br />

fartura e a penúria, a estar na abundância e a sofrer necessidades. Tudo posso n'Aquele<br />

que me conforta 784" .<br />

40. Qual o motivo da tua alegria, ó grande Paulo? Qual o motivo do teu júbilo? De<br />

que te alimentas, ó homem "renovado para o conhecimento de Deus segundo a imagem<br />

do que te criou", ó alma viva, tão iura, língua alada que nos fala de mistérios? Por que a<br />

esta espécie de animais se deve tal alimento? Dize-me: o que é que naquela obra dos<br />

filipenses servia de manjar à tua alma? — A alegria.<br />

Ouçamos o que segue: "Contudo", diz ele, "fizeste bem em compartilhar da minha<br />

tribulação 785". O que lhe dá alegria, o que o nutre é terem eles procedido bem; e não o ter<br />

sido alargada a sua estreiteza. Por isso, meu Deus, ele afirma: Vós, "na angústia, dilatastes-<br />

me o coração 786". Aprende em Vós — que o confortais — a estar na abundância e a<br />

sofrer privação. "Também vós, ó filipenses", acrescenta ele, "sabeis que no começo da<br />

pregação do Evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma Igreja teve comigo<br />

intercâmbio para dar e para receber, senão vós somente, porque para Tessalonica várias<br />

vezes enviastes com que ocorrer às minhas necessidades 787." Agora rejubila por terem<br />

voltado a praticar tão boas obras e alegra-se por terem reflorido como um campo fértil e<br />

verdejante.<br />

41. Seria acaso por causa das suas precisões, pois declarou: "Ocorrestes às minhas<br />

necessidades"? Alegra-se, porventura, por causa disso? Não, decerto. Como o sabemos?<br />

Porque logo acrescenta: "Não é a vossa dádiva que eu busco, mas o fruto 788".<br />

Aprendi de Vós, meu Deus, a distinguir entre a dádiva e o fruto. A dádiva é o<br />

próprio objeto oferecido por quem nos prove nas necessidades, como dinheiro, comida,<br />

bebida, roupa, posada e ajuda. O fruto, porém, é a boa e sincera vontade do doador. O<br />

nosso Mestre, na verdade, não disse somente: "O que receber um profeta", mas<br />

acrescentou: "na sua qualidade de profeta". Nem afirmou apenas: "quem receber um<br />

784<br />

Flp 6, 11. 12.<br />

785<br />

Flp 4, 14.<br />

786<br />

Sl 4, 14:Sl 4,2.<br />

787 Flp 4, 15.<br />

788 Flp 4, 17.

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