REVISTA N. 24.p65 - Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do ...
REVISTA N. 24.p65 - Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do ...
REVISTA N. 24.p65 - Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Rev. <strong>do</strong> TRE/RS, Porto Alegre, v.12, n.24, jan./jun. 2007<br />
ACÓRDÃOS<br />
Clessi Abramowicz (fl. 741), prima <strong>do</strong> representa<strong>do</strong>, confirmou o depoimento<br />
à fls. 301 e contou que comprou tábuas, sen<strong>do</strong> que sua mãe, Ana<br />
Abramowicz, não ganhou nada. Ênio não teria ofereci<strong>do</strong> nada a sua mãe em<br />
troca de votos. A depoente teria i<strong>do</strong>, juntamente com seu irmão, Miguel<br />
Abramowicz, até a Cidade de Sete de Setembro para comprar tábuas, destinadas<br />
a reformar sua casa. Disse que comprou o material em uma madeireira de<br />
um senhor chama<strong>do</strong> Stasiak e que pagou R$ 15,00 pelo frete das tábuas. Ênio<br />
teria visita<strong>do</strong> sua casa antes das eleições, oferecen<strong>do</strong> seu voto, e nada mais.<br />
Declarou que nunca conversou com a advogada Margarida acerca <strong>do</strong>s fatos<br />
ora discuti<strong>do</strong>s, por telefone ou pessoalmente.<br />
Gervásio Stasiak (fl. 752) revelou, no curso de seu depoimento, que dias<br />
antes da eleição, seu tio, Paulo Stasiak, telefonou-lhe pedin<strong>do</strong> para que fosse<br />
emitida uma nota fiscal de compra e venda de madeiras em nome de Clessi<br />
Abramowicz. Afirmou que a nota era falsificada, pois não vendeu madeira para<br />
Clessi, nem para Miguel ou Ana. Disse que a nota era para limpar a situação de<br />
Ênio e que, na verdade, pelo que acredita, foi Ênio quem deu as madeiras para<br />
Ana.<br />
Paulo Stasiak (fl. 774), proprietário da madeireira, declarou que não conhece<br />
Ana Abramowicz e negou que tivesse pedi<strong>do</strong> para seu sobrinho, Gervásio<br />
Stasiak, expedir uma nota fria de compra e venda de madeiras que teriam si<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>adas a Ana em troca de voto.<br />
Adair José Mallmann (fl. 751), policial militar, afirmou que acompanhou o<br />
oficial de justiça Sérgio no cumprimento <strong>do</strong> manda<strong>do</strong> de busca e apreensão de<br />
madeiras realiza<strong>do</strong> na casa de Ana Abramowicz. Primeiramente, Ana teria nega<strong>do</strong><br />
que as tábuas fossem <strong>do</strong> candidato Ênio. Então, após a saída <strong>do</strong> oficial de<br />
justiça, ela lhe teria dito que recebera as madeiras de Ênio. Ressaltou que, em<br />
nenhum momento, Ana teria si<strong>do</strong> coagida a falar que as tábuas haviam si<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>adas pelo representa<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> apenas orientada a falar a verdade.<br />
Silvestre Niewinski (fl. 737), amigo íntimo <strong>do</strong> representa<strong>do</strong>, ratificou o depoimento<br />
à fl. 305 <strong>do</strong>s autos, no qual confirmou as conversas telefônicas interceptadas<br />
que manteve com Ênio, dizen<strong>do</strong>, ainda, não haver presencia<strong>do</strong> Ênio<br />
entregan<strong>do</strong> <strong>do</strong>ações a terceiros ou solicitan<strong>do</strong> a esses que fizessem entrega<br />
em nome dele. Confirmou, também, o teor da conversa telefônica que teve com<br />
o advoga<strong>do</strong> André, a qual encontra-se degravada no processo (fls. 89/90). Ponderou<br />
que as <strong>do</strong>ações mencionadas nas conversas eram para entidades públicas,<br />
como igrejas.<br />
Ênio Rodrigues (fl. 748), Maria Edite <strong>do</strong> Nascimento (fl. 749) e Ênio César<br />
Marciano Macha<strong>do</strong> (fl. 785) disseram nada saber em desabono da conduta <strong>do</strong><br />
representa<strong>do</strong>.<br />
207