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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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PARTICULAR DO REINO DE POMTOAL i 33<br />

o Mestre a passar sua carta <strong>de</strong> doarão no anno <strong>de</strong> i 520. Cujo treslado<br />

lie o seguinte:<br />

Nós o Mostre <strong>de</strong> Santiago, e <strong>de</strong> Aviz, Duque <strong>de</strong> Coimbra, ele. Fa-<br />

ço saber a vós Juizes, Vereadores, Ojjieiaes, e Homens bons da nossa<br />

Villa <strong>de</strong> Setuval, e a quaesquer outros, a que o caso pertencer, que consi-<br />

<strong>de</strong>rando nos o cresci mento, em que a dita Vida vai. E com a ajuda <strong>de</strong> nos-<br />

so Smhor cai em caminho para em poucos annos crescer em muita quan-<br />

tida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vizinhos, e moradores d'ella; e para por nossa parte ajudarmos<br />

ao nobrecimento d' tila. E vendo que nella ha dous Mosteiros, hum <strong>de</strong> S.<br />

<strong>Fr</strong>ancisco, e outro <strong>de</strong> Jesus, e que será muita honra, e nobrecimento da<br />

Vida, aver nella outro Mosteiro <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Domingas.<br />

Porque alem da <strong>de</strong>vação, que as pessoas na dita Or<strong>de</strong>m tem, são Religiosos<br />

mui proveitosos, para anu suas pregações trazerem á gente o bom viver.<br />

Polo que a nós praz darmos, como <strong>de</strong> feito damos, a Ermida, que se hora<br />

novamente fez, <strong>de</strong> S. João^ que he na estrada, que vai para Évora, adita<br />

Religião, e Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Domingos-, para que na dita Ermida edifiquem, e<br />

farão hum Mosteiro <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s da dita Or<strong>de</strong>m. O que assim fazemos, pelo<br />

sentirmos por serviço <strong>de</strong> nosso Senhor, e honra, e nobrecimento da dita Villa,<br />

E os Religiosos da dila Or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong>rão cada hora, e quando lhes bem vier ,<br />

ediftear, e fazer na dita Ermida o dito. Mosteiro. E por guarda, e firme-<br />

za d'ello, lhe passamos esta nossa carta. E queremos, que valha, e se<br />

guar<strong>de</strong> como se fosse passada pela nossa Ckancellaria. Feito em nossa Se-<br />

nhora d' Azeitão, a vinte <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1520. Diogo Coelho o fez.<br />

Esta doação, e hum alvará da licença <strong>de</strong>l-Rei Dom Manoel, e certi-<br />

dão <strong>de</strong> consentimento da Camará apresentou <strong>Fr</strong>ei Lourenço da Cruz, Prior<br />

dAzeitão, e Confessor da Duqueza, no Capitulo Provincial, que se cele-<br />

brou em Elvas no anno <strong>de</strong> 1521; em que por minha conta foi eleito se-<br />

gunda vez em Provincial o bom velho <strong>Fr</strong>ei João <strong>de</strong> Braga. N'eUe se <strong>de</strong>u<br />

cargo <strong>de</strong> principiar o Convento ao Padre <strong>Fr</strong>ei Gaspar d*Alcacer, que che-<br />

gando á villa com seu companheiro <strong>Fr</strong>ei António Men<strong>de</strong>s, irmão conver-<br />

so, or<strong>de</strong>nou hum pobre gasalhado: no qual por então, e alguns annos<br />

<strong>de</strong>pois residirão elle, e seus suecessores com titulo <strong>de</strong> Vigários, sustentados<br />

com esmolas, que o Irmão <strong>Fr</strong>ei António pedia pelas portas com<br />

sacola ás costas.<br />

Corrião os «irmos, e o Convento com tanto gosto <strong>de</strong>cretado não só

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